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Ser feliz é uma escolha

A verdadeira escolha da felicidade não está em evitar a dor, está na forma como decidimos lidar com ela.

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Durante anos, acreditei que a felicidade era um destino. Um lugar ao qual se chegava depois de cumprir certos objetivos: encontrar o amor certo, ter sucesso profissional, construir uma família, viajar pelo mundo. Mas, com o tempo, percebi que a felicidade não está na linha de chegada — está no caminho. E mais do que isso: ser feliz é uma escolha.

 

Não é uma escolha no sentido simplista, como se bastasse decidir ser feliz e, num passe de magia, tudo se alinhasse. Se fosse assim, ninguém sofria, ninguém passava por perdas, ninguém chorava. Mas a verdadeira escolha da felicidade não está em evitar a dor — está na forma como decidimos lidar com ela.

 

A ilusão da felicidade perfeita

Muitos acreditam que a felicidade depende das circunstâncias. “Vou ser feliz quando encontrar o amor da minha vida”, “Vou ser feliz quando conseguir aquele emprego”, “Vou ser feliz quando tiver tempo para mim”. Mas o problema desta mentalidade é que coloca a felicidade sempre no futuro, como se ela fosse um prémio reservado para quem faz tudo certo.

 

A verdade? A felicidade não espera pelo momento perfeito, porque o momento perfeito não existe. Há sempre desafios, há sempre problemas, há sempre dias difíceis. Se estivermos sempre à espera que tudo se resolva para sermos felizes, corremos o risco de passar a vida inteira a adiar a felicidade.

 

O poder da perspetiva

A escolha de ser feliz não significa ignorar a dor, fingir que está tudo bem quando não está ou forçar um sorriso quando o coração está partido. Significa olhar para a vida com uma perspetiva diferente.

 

Duas pessoas podem passar pela mesma situação e sentir de forma completamente diferente. Uma pode ver uma perda como o fim de tudo; a outra pode vê-la como um recomeço. Uma pode olhar para um desafio como um castigo; a outra pode vê-lo como uma oportunidade de crescimento. O que muda? A forma como cada uma escolhe encarar a realidade.

 

Isso não significa que devemos romantizar o sofrimento. Mas significa que, mesmo nas fases mais difíceis, podemos escolher encontrar algo de bom. Podemos escolher aprender, podemos escolher seguir em frente, podemos escolher acreditar que a vida tem sempre algo para nos oferecer.

 

As pequenas escolhas do dia a dia

Escolher ser feliz não é uma decisão única e definitiva. É um compromisso diário, feito de pequenas escolhas:

Escolher agradecer em vez de reclamar.

Escolher rodear-se de pessoas que fazem bem à alma.

Escolher não alimentar pensamentos negativos.

Escolher cuidar de si, do corpo e da mente.

Escolher aceitar o que não pode mudar e agir sobre o que pode.

 

Estas pequenas decisões, feitas dia após dia, criam uma vida mais leve.

Felicidade não é ausência de dor, é presença de sentido

Muitos pensam que ser feliz significa não sofrer, mas isso não é verdade. A felicidade não vem da ausência de problemas, mas sim da presença de propósito. É por isso que algumas pessoas, mesmo com vidas simples e cheias de desafios, são felizes, enquanto outras, que aparentemente têm tudo, sentem um vazio constante.

 

Ser feliz é escolher dar sentido à vida, mesmo quando ela não é perfeita. É encontrar razões para sorrir, mesmo nos dias difíceis. É saber que, independentemente do que acontece, temos sempre o poder de decidir como queremos viver.

 

E no fim, a grande verdade é esta: a felicidade não se encontra, constrói-se. E essa construção começa na única decisão que está sempre ao nosso alcance — a escolha de sermos felizes, hoje e agora.

 

 

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