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Mudança de hora pode aumentar risco de ataque cardíaco

Algumas pessoas podem lamentar-se por perderem uma hora de sono quando se muda para o horário de verão, mas pode haver uma questão mais séria envolvida nesta mudança.

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Marting Young, professor na Universidade de Alabama, em Birmingham (EUA), assegura que a mudança de hora pode levar a um aumento do risco de ataques cardíacos para as pessoas com histórico de doença cardíaca.

 

Todas as células do corpo humano têm um mecanismo de tempo interno, também conhecido por relógio circadiano, que é responsável pela condução de ritmos nos processos biológicos. Esses ritmos seguem um ciclo de 24 horas, respondendo às mudanças de luz e escuridão no ambiente de um organismo. Segundo Young, quando esses relógios são interrompidas ou experimentam uma mudança súbita, pode haver um número de efeitos diferentes na saúde.

 

«Só a passagem do estado de dormir para o acordar já é um evento stressante para o corpo», explica Young no relato feito à imprensa. «Quando temos uma mudança abrupta, como perder uma hora de sono devido à mudança para o horário de verão, os nossos relógios internos não têm tempo suficiente para preparar os nossos órgãos».

 

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Existem vários fatores que podem contribuir para o aumento do risco de ataques cardíacos quando os relógios internos se dessincronizam com o meio ambiente. Estes incluem a privação de sono e inflamação.

 

Quando uma pessoa acorda normalmente de manhã, o corpo envia um grande número de sinais elétricos para o coração, designados por barorecetores. Estes diminuem durante o sono, mas quando alguém é privado de sono, os barorecetores podem ser elevados mesmo enquanto a pessoa dorme, algo que está fortemente correlacionado com a doença cardiovascular. «O período de sono é um momento em que o coração não deve ser contestado», frisa Young.

 

Assim como a mudança de hora, os diferentes fusos horários e o jet leg podem ter os mesmos efeitos. Estas perturbações circadianas aumentam o risco de um ataque cardíaco.

 

Se se está a perguntar como pode redefinir o relógio interno, cada órgão do corpo leva o seu tempo. Por exemplo, o cérebro repõe de acordo com a exposição à luz, enquanto o fígado repõe quando recebe alimento. No entanto, alguns órgãos como o coração recebem sinais mistos, o que provoca confusão e disfunção.

 

Para facilitar a transição de hora para o seu organismo, Young sugere que divida a perda de uma hora ao longo do fim-de-semana. Por exemplo, se costuma acordar às seis horas num dia de semana, defina o alarme para as 5:40h no sábado, às 6:20 (já com o novo horário) no domingo e às 6h novamente na segunda-feira. Este método permitirá ao corpo a sincronização natural com a mudança do ambiente.

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