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Unha encravada: o corte e o calçado certos para a prevenir

Quando a unha penetra na pele, a pessoa poderá notar dor, vermelhidão, irritação, inchaço e pus. Para prevenir o agravamento do estado da unha e do pé, é necessário um especial cuidado com esta unha. O podologista Francisco Oliveira Freitas explica o que fazer.

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Em qualquer idade, estamos suscetíveis ao surgimento de problemas nas unhas que podem mudar o seu formato, textura, coloração e saúde. Todas as pessoas devem manter-se atentas a estas possíveis alterações, que não afetam apenas a estética das suas mãos ou pés.

 

As unhas, além de responsáveis pela proteção das pontas dos dedos e ações que envolvem alguma precisão, podem funcionar ainda como um alerta de que algo não está bem. Por vezes, estas modificações são mesmo sinais iniciais do desenvolvimento de doenças sistémicas.

 

A onicocriptose, vulgarmente reconhecida como “unha encravada”, é uma lesão comum que deve ser tratada atempadamente de modo a evitar infeções causadas por bactérias e o recurso à cirurgia.

 

Normalmente, este problema surge no dedo grande do pé, quando um ou os dois cantos da unha crescem em direção à pele circundante do dedo e a perfuram, chegando aos tecidos mais profundos, em vez de crescerem em linha reta para além das margens do dedo.

 

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Quando a unha penetra a pele, a pessoa poderá notar dor, vermelhidão, irritação, inchaço e pus. Para prevenir o agravamento do estado da unha e do pé, é necessário um especial cuidado com a “unha encravada” e um diagnóstico precoce. Sobretudo pessoas com diabetes e outras patologias que causem uma circulação deficiente, lesões nos nervos da perna ou do pé ou com a unha já infetada devem adotar uma atitude preventiva, logo à primeira suspeita, e procurar ajuda especializada.

 

Para o tratamento podológico da “unha encravada”, poderá recorrer-se a técnicas não traumáticas que permitem corrigir a unha, removendo a espícula, ou a um procedimento cirúrgico definitivo que remove a parte encravada da unha, quando a situação clínica se torna crónica e de difícil resolução.

 

 

Quais as causas desta lesão na unha?

Esta situação clínica afeta principalmente adolescentes e adultos, sendo muitas vezes causada por um corte incorreto. Uma vez que cortar demasiado as unhas, principalmente nas laterais, potencia o risco de vir a ter unhas encravadas. O uso de calçado apertado que causa pressão nas unhas, como sabrinas ou chuteiras, fazendo com que comecem a crescer dentro da pele, é também uma das principais razões.

 

Além dos riscos associados a fatores hereditários e genéticos, à prática desportiva e a traumatismos do dia-a-dia, a ansiedade e os desequilíbrios hormonais podem ainda acelerar o crescimento das unhas, o que faz com haja uma maior tendência para desenvolver este problema podológico. O excesso de transpiração é um outro fator, dado que as unhas se tornam mais moles e, por isso, ficam mais sujeitas a partir-se.

 

Estar atento aos sinais e sintomas, vigiar a sua saúde e visitar com regularidade um podologista são alguns dos cuidados a ter para evitar este problema. No dia-a-dia existem ainda alguns cuidados e hábitos de prevenção da unha encravada. Conheça-os na galeria acima.

 

Por Francisco Oliveira Freitas

Podologista responsável pelo Centro de Podologia de Famalicão

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