Ter a sorte ou fazer a sorte?
"Tiveste muita sorte... Estares hoje onde estás, fazeres o que estás a fazer, conheceres quem conheces, teres tudo o que queres, viajar como viajas...". O que acha da sua sorte?
Ter sorte? Existem casualidades e sincronicidades, sim. Eventos improváveis que acontecem em momentos específicos e que, de alguma forma, têm impacto no meu caminho. Se gosto do impacto, do resultado, posso chamar-lhe sorte. Se não, algumas pessoas que conheço chamam-lhe azar…
Curioso, não é? Por não gostar de um resultado, do que aconteceu, por preferir que tivesse acontecido outra coisa ou que a situação tivesse tido outro desfecho; algumas pessoas dizem que foi azar. Pois as circunstâncias externas, o que não controlam, aconteceu diferente, ou mesmo ao contrário, do que gostariam que tivesse sucedido.
Mas então o que gera a sorte? O mais impactante, por tudo o que leio e em que acredito, são mesmo as escolhas e ações que a pessoa faz antes, durante e depois daqueles momentos.
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Foi a ação de ir àquele evento, disponível para o que surgisse, que deu a oportunidade de conhecer aquela pessoa. Ao escolher ir por aquela estrada naquele dia fez com que evitasse o trânsito do acidente que aconteceu na estrada por onde habitualmente ia. Quando decidiu jogar, essa ação abriu o espaço e a oportunidade de lhe ter saído o bilhete premiado. É o andar “de olhos abertos”, relaxada, com a “mente aberta”, que permite encontrar aqueles dois euros no chão que usa para pagar o seu café, ou chá, naquele dia. Quando decidiu e se dispôs a falar com alguém foi quando recebeu a ajuda e o apoio que há tanto tempo esperava e não encontrava.
A sorte faz-se. O que não controlo é só o que não controlo. Que hoje, e quando quiser, veja a sorte que já tem. Dê uma ajuda a si mesma. Ajude-se a criar a sorte que a ajuda!
Desejo-lhe uma semana…sortuda!
Referência bibliográfica: Richard Wiseman; O Factor Sorte; Dom Quixote; 2006; ISBN: 9789722030809