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Tempere a sua vida: salsa para todos os gostos

Dela usamos as folhas, os ramos tenros e por vezes as raízes. Tanto pode ser utilizada como um calmante para dormir, ou apenas para decoração de um prato. Na sua composição química existe um óleo essencial que contém limoneno, flavonoides, vitaminas A, C, B, D, E e K.

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No universo da música, ela tem ritmo, cadência e agrada a quase todos. Dança-se sozinha ou acompanhada, mas sempre de sorriso espontâneo, porque, de acordo com vários estudos científicos, ao dançarmos o corpo liberta endorfinas de prazer e transforma a doença em saúde, a tristeza em alegria e as lágrimas em sorrisos.

 

Mas esta salsa que vos trago hoje é outra.  Trata-se da salsa, erva verde que é um alimento designado cientificamente por “Petroselium Crispum” e pertence à família das apiacceaes. Dela usamos as folhas, os ramos tenros e por vezes as raízes. Todos os dias me esforço para adequar uma planificação alimentar, focada na individualidade biológica de cada paciente.

 

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Ao preparar mais um plano orientado pelo suporte epigenético de uma senhora com 59 anos, dei-me conta de que há um tempero que utilizo como regra obrigatória em quase todas as planificações e que raramente aparece na lista das intolerâncias alimentares.  A salsa, ela ora aparece logo no começo do dia, ou passa por uma salada, ou numa sopa ao jantar, ou então num chá antes de dormir.

 

Achei curioso, ao aperceber-me que desde sempre ela faz parte da minha vida e, tal como tem acompanhado a minha história de vida, assim a faço acompanhar as pessoas que ajudo a mudarem os seus hábitos alimentares. Quase como se fosse uma extensão de mim, algo que vai para casa de cada um como um abraço de mãe, que cuida e se preocupa. Por isso, achei que lhe deveria prestar honras numa destas minhas crónicas e assim poderem todos perceber que em vossas casas ela é um elemento daqueles que precisam para manter parte do vosso equilíbrio epigenético.

 

Já agora, deixem-me esclarecer-vos sobre esta palavra que uso com alguma frequência: epigenética. A palavra epigenética tem origem no prefixo grego epi, que significa “acima ou sobre algo” e estuda que nem tudo está predestinado.  Actos como alimentação, exercícios físicos e comportamento podem influenciar a maneira como os nossos genes se vão organizar ao longo da nossa evolução e mudança de idade.

Agora vamos voltar à nossa estrela da crónica, a salsa, ou salsinha para os mais íntimos como eu. Afinal desde que nasci que me alimento dela e já nos podemos tratar assim, de forma íntima.

 

É usada na antiguidade, desde as origens dos gregos e dos romanos, para fins culinários. Os romanos sempre que se preparavam para festanças regadas a vinho utilizavam-na em bebidas quentes, em molhos e temperos de carnes, de forma a prevenirem-se da embriaguez. Já os gregos ornamentavam as suas coroas dos mortos como homenagem à figura de Perséfone, filha de Demeter, que foi raptada por Plutão e que a transformou em rainha dos mortos. E nesta homenagem através das coroas, a simbologia da salsa tinha como significado o “Regress”, ou retorno.

 

 

Esta erva, de sabor suave, aromático e ligeiramente amargo, tem um odor muito próprio. Tanto pode ser utilizada como um calmante para dormir, ou apenas para decoração de um prato. Na sua composição química existe um óleo essencial, que contém limoneno, flavonoides, vitaminas A, C, B, D, E e K.

 

Uma curiosidade que faz dela rainha, na minha opinião; 100 gr.de salsa contêm 70.000un de vitamina A e, a mesma quantidade de cenouras, que são famosas devido ao alto teor desta vitamina, e que apenas possuem cerca de 14.500un. O que significa que, ao colocarmos 2 a 3 pés de salsa num sumo de laranja e cenoura, estamos a suprimir as doses recomendadas desta vitamina, sem fazermos recurso a medicamentos. Ora aqui está uma boa forma de começarmos o dia, com cor e sabor e equilíbrio. Afinal, o alimento sempre é o melhor remédio…

 

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Possui também minerais como o ferro, magnésio e o cálcio. Este condimento constituído por hastes caulinares e folhas pode ser usado em sopas, saladas, guisados, sumos, molhos, carnes, peixes, frutos do mar e até em chás ou tisanas. As suas folhas são ricas em água, cerca de 86%, proteínas cerca de 3,2% e de hidratos de carbono 8,5%.

 

Não só é boa para a pele e cabelo, como ainda auxilia a visão, melhora a qualidade do sangue, previne doenças dos músculos, coração, equilibra o oxigénio das células, equilibra os níveis de açúcar do nosso corpo, combate doenças dos rins e combate cistites se usarmos as suas raízes.

 

A salsa auxilia no tratamento de dores digestivas e azias, combate cólicas menstruais e se colocada em álcool é eficaz também no tratamento de dores causadas por artrite, artrose e gota, basta para isso usá-la em aplicações de fricção ou massagens. E, para finalizar a lista de tantos atributos desta nossa estrela de hoje, resta-me dizer que melhora o hálito. Deixo-vos com um convite para um chá, aqui fica a receita:

 

Preparação do chá de salsa

Pegue num pequeno molho de salsa, bem lavado, dê-lhe um pequeno torção e coloque-o numa chaleira com 500 ml de água filtrada.

Tape e leve a ferver por 05 minutos.

Após a fervura, deixe que a chaleira permaneça tapada por mais 10 minutos, coloque-lhe uma casca de limão, 1 colher de sobremesa de mel de laranjeira e beba o chá de salsa duas vezes por dia, durante uma semana.

 

As suas propriedades diuréticas tornam a salsa uma grande aliada para quem deseja emagrecer com saúde. Escolha agora qual a sua versão de salsa, ou então faça uso das duas e seja feliz.

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