Sete armadilhas que impedem de lidar com um chefe Idiota
A falta de confiança cria armadilhas das quais se é muito difícil libertar.

Os chefes idiotas não estão em vias de extinção e multiplicam-se todos os dias. As anedotas proliferam nas mesas dos almoços, satirizando as qualidades ou ausência delas desta nobre criatura, o chefe.
A pergunta na mente da maioria dos trabalhadores nos nossos dias é porque é que os idiotas se tornam chefes?”. Uma pergunta sem resposta óbvia, mas com alguma esperança, afinal nem todos os chefes são idiotas e nem todos os idiotas são chefes. No entanto, sabemos que as pessoas deixam as chefias não as empresas pelo que é importante reduzir a idiotice.
Um mundo empresarial sem idiotas é um feito improvável, a maioria das pessoas é promovida a chefia sem uma preparação prévia, pelo que a maioria se limita a imitar o estilo de liderança do seu antecessor, o que por vezes pode ser verdadeiramente desastroso.
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Desta forma, o verdadeiro desafio passa por desenvolver uma perspetiva tranquila para não se deixar perturbar e também minimizar os efeitos de uma sociedade com chefes idiotas.
Mas porque há tantos chefes idiotas?
Em primeiro lugar idiotas promovem outros idiotas a chefias, o que justifica existirem tantos idiotas. Os idiotas selecionam idiotas para com eles trabalhar. A idiotice é um bilhete de primeira classe numa organização. Competência não é um pré-requisito para ser chefe. As pessoas ainda têm medo que perder o seu lugar, que a sua posição deixe de fazer sentido, então escolhem idiotas submissos para com eles trabalhar.
Paralelamente, muitas vezes idiotas estão no lugar certo à hora certa e a necessidade torna-os chefes. Os idiotas também parecem inteligentes e focados até revelarem a sua verdadeira personalidade, pelo que muitas das vezes são escolhidos por parecerem ser o que não são.
Por vezes, também um colaborador é promovido a chefe porque é muito bom numa dada tarefa e espera-se que com a sua passagem a chefia generalize este conhecimento e se efetive no desempenho de toda a equipa. Mas na maioria das vezes tal não ocorre.
Trata-se de um dos erros crassos de gestão, retirar pessoas que têm elevado conhecimento numa determinada área e de repente acreditar que, por magia, vão ser verdadeiros líderes. Separar pessoas das tarefas que amam, em regra só as transforma em idiotas. Espera-se que líderes sem preparação, lidem de forma adequada com problemas de motivação humana e gestão de pessoas. Impossível. Diariamente apenas se tornam mais idiotas.
Mas porque se mantêm os chefes idiotas, idiotas?
As pessoas promovidas para além da sua competência deviam esforçar-se para se tornar mais competentes. Mas isso não acontece. Os idiotas não têm maturidade, competências e características humanas para se tornarem líderes, nem insight para se autoavaliarem e perceberem que há um longo caminho a percorrer. Facilitar o crescimento pessoal e profissional dos outros, ser líder, é algo que só está a acessível a alguns. Exige capacidade e vontade, características que o idiota nem possui.
Para eles as evidências de que não são competentes são escassas. Mas mesmo quando percebem que não têm perfil, não têm dignidade, nem coragem para pedir a demissão. Em vez disso, encontram desculpas externas para os seus fracassos e tornam-se ainda mais idiotas. O resto da história é fácil de escrever.
Reféns do dinheiro, da hierarquia, do poder, alimentam-se e tornam-se mais idiotas. Rodeiam-se igualmente de idiotas pois só esses os fazem sentir confortáveis na sua idiotice. A partir daí tratam as pessoas como lixo pois acreditam ser um caminho para o sucesso pessoal.
Infelizmente os humanos possuem uma extraordinária capacidade de negação e ilusão. O que leva a que a pessoa que trata os outros como lixo nunca tem noção da gravidade da situação. Acha que tudo está perfeito e maravilhoso.
A dificuldade é que tratar os outros como lixo é contagioso. Se trabalhar com alguém que o faça é provável que venha a fazer parte do grupo. E de repente a empresa transforma-se num aeroporto de idiotas, em que em cada minuto aterra um. Por isso, experienciar lidar com um idiota pode torná-lo, ainda que por instantes, um pouco idiota e impedi-lo de agir.
São sete as armadilhas em que pode cair e que lhe tiram o discernimento, impedindo de encetar uma estratégia para lidar com um chefe idiota. Conheça-as e controle-as.
- Negar o presente, acreditar que não é assim tão mau. É mau e é preciso agir.
- Acreditar que está a melhorar. O idiota demora a alterar o comportamento. Acreditar que vai mudar, são esperanças vãs. Continua a ter esperança, mas o amanhã que anseia ainda não chegou e não há razão para que chegue.
- Quando terminar este projeto vou-me embora. Vai sempre haver um projeto, uma atividade que o impedirá de sair. Se está à espera da ocasião certa ela não existe.
- Estou infeliz, mas estou a aprender tanto. Os danos físicos e psicológicos que está a sofrer, valem a pena? Não corra o risco também de se tornar um idiota.
- Vou ajudá-lo a mudar. Abandone o complexo de messias, ninguém pode ajudar ninguém que não queira ser ajudado. Se o chefe não tem consciência que é um idiota como pode ajudá-lo a mudar?
- Consigo ligar e desligar – Será que consegue mesmo. Pense nisso, valide com os que o rodeiam se concordam com esta informação.
- Podia existir pior. Sim é verdade, nenhum lugar é perfeito e alguns podem ser piores, mas já analisou as opções. Parece-me que não passa de uma desculpa fraca. O martírio é uma péssima desculpa para permanecer numa situação desrespeitante.
Pense nisso!