Será realmente autossabotagem?
“Devia começar a fazer exercício…”, “Tenho de perder peso, só que…”, “Gostava de ter paciência, mas…”, “Preciso de mudar a minha vida…”. Quando dizemos que queremos algo e não fazemos por isso, será que nos auto sabotamos?

Pode já ter dito ou pensado alguma das frases acima. Ou conhece quem o faz. Eu sei que o faço de vez em quando. Às vezes é sobre mudar uma rotina no meu dia, gerir melhor o meu tempo, por exemplo. Outras é sobre fazer mais exercício do que tenho feito. Ou sobre mudar algo na minha alimentação. E depois… pouco ou nada faço. Às vezes, começo e paro de fazer (a mudança) passados uns dias.
Agora que janeiro está a chegar ao fim, algumas pessoas continuam ligadas às suas resoluções e intenções que definiram para este novo ano. Outras não. Sabe do que estou a falar? Seja consigo ou com quem alguém que conhece, o que pode fazer a partir de agora?
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Sugiro começar por aumentar a autoconsciência sobre a forma como está a fazer, a pensar e a sentir (energia e emoções). Tenha uma conversa franca consigo mesm@; com um@ amig@ assertiv@ que ajude a identificar padrões e a forma como tem estado; ou com um@ psicoterapeuta, psicólog@ ou coach. Pode também inscrever-se num curso online ou grupo de desenvolvimento em que aprenda a identificar e gerir melhor os seus pensamentos.
É que pode pensar que se tem autossabotado e o caso pode ser outro. “Como assim?” – pode perguntar-se. Pode acontecer que não se esteja a autossabotar. Pode ser que esteja a decidir, consciente ou inconscientemente, fazer aquilo e da forma que realmente quer neste momento. Ou da forma que aprendeu – e apenas não sabe como fazer diferente e dar a volta ao que está a acontecer.
Também pode ser que está a fazer o que está a ser mais importante, necessário ou possível (de acordo com os recursos interiores que tem disponíveis), considerando as circunstâncias atuais (diferentes da altura em que decidiu fazer a mudança) e face ao que se alterou no seu contexto (exterior + interior).
Isto acontece quando precisamos de fazer o que estamos a fazer para garantir alguma necessidade fisiológica, psicológica, bioquímica, emocional. Por exemplo, quando comemos por compensação emocional; quando nos falta ânimo para ir correr; quando precisamos descansar ou poupar energia em vez de limpar a casa toda.
O que pode fazer além de aumentar autoconsciência, percebendo melhor as suas dinâmicas de pensamento e de comportamento?
Pode aprender como mudar o seu paradigma mental e a sua relação com o corpo, com os pensamentos e emoções que surgem. Aprendendo técnicas, exercícios e perguntas poderosas que permitem mudar a dinâmica de pensamentos para estar mais alinhad@ com o que quer e mais em paz com o que está a fazer.
Quando deixamos de alimentar a desgastante luta interna que resulta da ideia de autossabotagem, o desgaste, o peso, o stress e o desânimo diminuem. Dando espaço a um lugar interior de possibilidades e de maior capacidade de agir sobre as circunstâncias e de acordo com o que queremos realmente. Assim pode sentir maior clareza, paz, amor, confiança e determinação.
Se quiser apoio, entre em contato. Estou aqui para facilitar. Seja através de sessões individuais, seja participando nalgum dos pequenos e exclusivos grupos que regularmente vou apoiando e mostrando como melhor perceber e gerir os pensamentos.
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