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Recorde: Mais de um milhão de pessoas exigem lei que trave desflorestação na Europa

A campanha #Together4Forests #JuntosPelasFlorestas conseguiu bater recordes de participações. As assinaturas foram hoje entregues num evento online à Comissão Europeia.

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Foi atingido um número recorde de assinaturas numa consulta pública sobre matérias ambientais na União Europeia. Quase um milhão e duzentas mil pessoas fizeram ouvir a sua voz, apelando aos legisladores europeus para que criem uma lei que impeça os produtos ligados à desflorestação e à conversão de ecossistemas de chegarem ao mercado comum. Portugal, com 12.545 assinaturas, foi 15.º país europeu com mais signatários.

 

«A União Europeia tem o poder de ajudar a pôr termo à destruição das florestas mundiais, aprovando uma nova lei que coloque os produtos ligados à desflorestação fora do mercado comum», refere Catarina Grilo, diretora de Conservação e Políticas da ANP|WWF.

 

A campanha #Together4Forests #JuntosPelasFlorestas surgiu como resposta à sucessiva destruição de florestas e outros habitats em todo o mundo. Desde 2015 que, ano após ano, 10 milhões de hectares (pouco mais do que o total do território de Portugal) destes ecossistemas são destruídos. Os países da União Europeia são responsáveis por mais de 10% da destruição das florestas mundiais, impulsionada pelo seu consumo de produtos como carne, laticínios, soja para alimentação animal, óleo de palma, borracha, café e cacau.

 

E é por os consumidores não terem como saber se as suas compras contribuíram para a destruição da natureza que mais de 160 ONG’s — incluindo a ANP|WWF Portugal — e outras entidades se uniram: para exigirem uma resposta forte aos decisores políticos europeus. As 1.193.652 assinaturas reunidas são um poderoso sinal desta vontade de mudança.

 

«Este apelo retumbante não pode ser ignorado: está na altura de a UE deixar de fazer parte do problema e tornar-se parte da solução», defende Catarina Grilo.

 

As assinaturas foram hoje entregues num evento online à Comissão Europeia. Receberam-nas o Comissário Frans Timmermans, primeiro vice-presidente da Comissão da União Europeia; e o Comissário Virginijus Sinkevičius, comissário da UE para o Ambiente, Oceanos e Pescas.

 

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