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Qual a forma certa de viver?

Ao crescer, fui ouvindo palavras bem intencionadas de professores, familiares, amigos, e até desconhecidos, dizerem que existe uma forma certa de fazer as coisas e de viver. Também aconteceu contigo?

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Ser bem comportado, ir à escola, tirar boas notas, passar todos os anos, fazer e terminar a escola no tempo e ritmo previstos [por outros]. Ajudar em casa, arranjar namorada, ir para a universidade, tirar boas notas, arranjar um bom trabalho – leia-se seguro, estável e bem remunerado. Ser promovido no trabalho, endividar para comprar uma casa e, já agora, um carro.

 

Passados uns tempos, ter filhos – e educá-los bem, trocar de casa, de carro, de telemóvel, de computador; e, se a relação também deixasse de “funcionar”, trocar de namorada/esposa. Ou ser trocado. Ah! Pelo meio, ir tirando uns dias de férias. Pois afinal, “a vida é para se aproveitar e ser vivida!”. Mas então e fora das férias, no meio do corropio diário, dentro da “rodinha do hamster”? Não se saboreia a vida? Não sei quanto a ti, mas a mim não me faz sentido só saborear a vida “no intervalo”.

 

Uma das 39 maiores aprendizagens que fiz é que não existe uma forma certa de viver. Existem 7,8 mil milhões de formas de viver. Aproximadamente, tantas quantas as pessoas a viverem neste planeta no momento em que escrevo este texto. Cada pessoa tem a sua forma de viver.

 

A tua vida ninguém a viveu! Nem algum dia alguém a vai viver como tu. Logo, ninguém sabe (realmente) como a viver. Exceto tu, passo a passo, em cada dia. Em cada momento que vives. Em cada escolha que fazes. Conforme o que valorizas, a intenção que tens no momento, e o que visionas para o futuro que desejas.

 

Tens um percurso de vida único, com tudo o que é diferente e tudo o que é semelhante a outro ser humano. Se estás plenamente feliz, em paz, a saborear a vida tal e qual como desejas, continua. Se não estás, mas estás bem com isso, continua. Por outro lado, se estás insatisfeit@… Com compaixão te digo: faz diferente. A vida é tua. Tal como são tuas as decisões que tomas. Com as consequências que delas resultam.

 

Se estás num caminho em que te sentes a desviar da vida que queres viver, para. Pausa, reflete, decide e faz diferente. Avança. Com confiança. Muda de direção, volta atrás, para baixo ou para cima. Faz como acreditares que te ajuda. Mas, faz.

 

Ninguém viveu ainda a tua vida. Ninguém saberá, realmente, como a deves viver – acredito. Podes ter ajuda, de amigos e de profissionais, claro. E, considerando as circunstâncias temporárias e o teu percurso único, acima de tudo, é de ti que depende o próximo passo que queres dar agora. Para viveres, saboreando, como desejas e mereces!

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