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Privacidade, a paz de que precisamos

Quando partilhamos paredes meias com alguém, seja qual for o grau de parentesco, precisamos zelar pelo equilíbrio, seja ele em convívio familiar ou de trabalho.

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O artigo 12 da ‘Declaração Universal dos Direitos Humanos’ adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas estabelece que o direito à vida privada é um direito humano: «Ninguém será objeto de ingerências arbitrárias na sua vida privada, sua família, seu domicílio ou sua correspondência, nem de ataques à sua honra ou à sua reputação. Toda a pessoa tem direito à proteção da lei contra tais ingerências ou ataques.»

 

No entanto, cada vez mais, temos a noção de sermos mais e mais invadidos, por todos os acessos tecnológicos que nos rodeiam. Desde as estradas que percorremos e que estão cheias de câmaras de vigilância do trânsito, aos locais públicos e às empresas, que colocam câmaras de vídeo para controlarem os seus funcionários ou as pessoas que circulam nos diversos locais.

 

De acordo com as entidades de segurança, públicas e privadas, é tudo pelo bem da nossa segurança. No entanto, é na vida em casal ou em família que cada vez mais me dou conta do quanto as pessoas perderam a noção deste valor tão precioso chamado PRIVACIDADE.

 

Quando partilhamos paredes meias com alguém, seja qual for o grau de parentesco, precisamos zelar pelo equilíbrio, seja ele em convívio familiar ou de trabalho. Esta coabitação é algo que deve ser tida em conta, preservando acima de tudo o respeito pela individualidade única de cada ser.

 

No trabalho, temos de preservar o direito do espaço de cada colega, o seu material de trabalho e tudo aquilo que o envolve. Ou seja, não podemos e nem devemos passar a linha vermelha que vai invadir o espaço, a vida, a informação pessoal e toda a estabilidade emocional, física e profissional dos nossos colegas. Devemos, acima de tudo, respeitar a opinião de cada um, sem impormos a nossa e, com estes detalhes e cuidados, mantermos a paz laboral em perfeita harmonia, sejam quais forem as hierarquias.

 

Na vida a dois, a privacidade, é vital para se manter uma boa relação. Cada um de nós precisa de ter manter o seu espaço, físico e emocional. O respeito pela nossa personalidade é, acima de tudo, o ex-libris chamado código de ética da vida a dois.

 

Quando um casal começa a trocar senhas de e-mails, de Facebook, telefone, abertura de correspondência, está a abrir um caminho de desarmonia, porque está a facilitar a invasão da privacidade que mantém a paz na vida a dois.

 

O mesmo acontece entre pais e filhos. Um filho deve sempre respeitar a privacidade do seu progenitor e vice-versa, mas neste inverso, enquanto o filho é menor, por vezes perde-se a noção entre orientar, proteger e invadir.

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