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População europeia está a envelhecer a diferentes níveis

Um relatório sobre a demografia europeia mostra um quadro diversificado em termos de crescimento, declínio e envelhecimento da população. A mobilidade juvenil, principalmente entre 20 e 24 anos, está a ter um grande impacto na mudança demográfica, favorecendo uns países e desfavorecendo outros. A 11 de julho, assinala-se o Dia Mundial da População.

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A população da Europa está a envelhecer, mas nem todos os lugares estão a envelhecer da mesma forma e a diferença entre as regiões de crescimento populacional e as regiões de declínio populacional tende a aumentar nas próximas décadas, de acordo com um relatório sobre mudanças demográficas do Centro de Pesquisa Conjunta da Comissão Europeia.

 

O relatório «O panorama demográfico dos territórios da UE» vai além da análise tradicional ao nível do país para explorar a demografia a diferentes escalas: desde as regiões até aos bairros individuais. Avalia o impacto do envelhecimento diversificado e das tendências populacionais na produtividade do trabalho, PIB, acesso a serviços, atitudes políticas e resultados eleitorais nos últimos dez anos.

 

E também projeta como essas tendências provavelmente se desenvolverão até 2050. Ao fazer isso, o relatório fornece novas perceções que podem ajudar a direcionar os esforços para combater as desigualdades económicas e os desequilíbrios demográficos.

 

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Principais conclusões

Entre as principais conclusões, diz o relatório que a mobilidade juvenil, principalmente entre 20 e 24 anos, tem um grande impacto na mudança demográfica, em grande parte impulsionada pelo estudo e pelo trabalho. Algumas regiões prosperam graças ao afluxo de jovens, enquanto outras ficam para trás, com um número cada vez maior de jovens forçados a sair por falta de oportunidades;

 

Também o envelhecimento e o despovoamento não ocorrem apenas em áreas rurais ou remotas, mas igualmente em áreas de maior risco de despovoamento, seja urbano ou rural. As áreas urbanas de pequeno e médio porte podem estar a ser despovoadas porque carecem da atratividade socioeconómica. A proporção de idosos deve aumentar em todas as áreas, mas as áreas rurais têm a proporção mais alta, perspetiva o relatório.

 

As preferências residenciais variam ao longo da vida, levando à migração que também está a moldar as tendências demográficas. A análise sugere que os jovens geralmente mudam-se para as áreas urbanas para trabalhar ou estudar, já as famílias tendem a priorizar espaços de vida acessíveis nas periferias das áreas urbanas e os idosos preferem viver nas áreas rurais.

 

Outro fator impactante na demografia é o acesso aos serviços, que varia para diferentes idades: as áreas urbanas geralmente oferecem melhor acesso a serviços como lojas e serviços médicos do que as áreas rurais. Áreas com menor disponibilidade de serviços têm menor probabilidade de atrair jovens, o que reforça o círculo negativo de despovoamento.

 

 

O relatório mostra  também que as divisões de idade são mais pronunciadas do que as divisões urbano-rurais nas crenças políticas, mas há claras divisões políticas dependendo da idade e do local de residência quando se trata de opiniões sobre a UE e a imigração.

 

Por fim, conclui a análise que o aumento das diferenças de envelhecimento e despovoamento entre territórios pode piorar as desigualdades económicas. A variação média na proporção de idosos poderia ser 4 pontos percentuais maior em áreas que experimentam diminuição da população do que em áreas onde a população está a aumentar. Isso também pode resultar em polarizações nas atitudes em relação à UE e à imigração e no aumento do populismo.

 

Estes resultados mostram que as diferenças demográficas territoriais não são resultados predeterminados das tendências nacionais gerais para o envelhecimento, mas são, em última instância, moldadas pelas preferências residenciais e pela migração interna.

 

As políticas de coesão e inovação regionais e locais podem ajudar a resolver os desequilíbrios territoriais, fornecendo serviços e oportunidades económicas para que as áreas atualmente despovoadas se tornem locais mais atrativos para viver.

 

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