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Pesquisadores apresentam as 10 principais observações ambientais com impacto no futuro

As emissões do degelo do permafrost provavelmente serão piores do que o esperado; as mudanças climáticas podem afetar profundamente a nossa saúde mental, e os governos não estão a aproveitar a oportunidade para fazerem uma recuperação verde pós- COVID-19 são algumas das conclusões apresentadas por um consórcio de investigadores, que pretendem levar conhecimento atualizado à ação coletiva contra as alterações climáticas.

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Numa parceria entre o Programa Mundial de Pesquisa do Clima, a Future Earth, e a Earth League, 57 pesquisadores ambientais de 21 países sintetizam aquelas que são as 10 principais observações ambientais em 2020 que terão grande impacto no futuro.

 

Com os impactos das mudanças climáticas a ameaçarem ser muito abruptos e de longo alcance nos próximos anos, os cientistas lançaram uma compilação mais atualizada sobre o clima para ajudar na tomada de ação coletiva sobre a crise climática em curso.

 

«Esta é uma parte crítica de nossa missão, de levar a ciência mais recente aos tomadores de decisão num formato acessível para ajudar a acelerar as transições para a sustentabilidade», diz Wendy Broadgate, diretora do Future Earth Global Hub, acrescentando: «O agravamento dos incêndios florestais, a intensificação das tempestades e até mesmo a pandemia em curso são sinais de que o nosso relacionamento com a natureza está a deteriorar-se com consequências mortais».

 

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O relatório preparado pelo consórcio de 57 pesquisadores de 21 países destaca:

1 – Uma melhor compreensão da sensibilidade da Terra ao dióxido de carbono sustenta os necessários cortes ambiciosos das emissões para cumprir o Acordo de Paris

 

2 – As emissões do degelo do permafrost provavelmente serão piores do que o esperado. As emissões serão maiores do que as projeções anteriores por causa do processo de descongelamento abrupto, que ainda não estão incluídos nos modelos climáticos globais.

 

3 – As florestas tropicais podem ter atingido o pico de absorção de carbono. Os ecossistemas terrestres atualmente consomem 30% das emissões humanas de CO2, mas o seu desmatamento está a fazer com que este trabalho esteja em causa.

 

4 – As mudanças climáticas irão exacerbar severamente a crise da água. Novos estudos empíricos mostram que as mudanças climáticas já estão a causar eventos extremos de precipitação (inundações e secas), e esses ambientes extremos, por sua vez, levam a crises de água.

 

5 – As mudanças climáticas podem afetar profundamente a nossa saúde mental. Acontecimentos combinados estão a contribuir para a ansiedade e sofrimento. É necessária a promoção e conservação de espaços azuis e verdes pelas políticas de planeamento urbano, bem como a proteção dos ecossistemas e da biodiversidade em ambientes naturais.

 

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6 – Os governos não estão a aproveitar a oportunidade para fazerem uma recuperação verde pós- COVID-19.

 

7 – A COVID-19 e a mudanças climáticas demonstram a necessidade de um novo contrato social. A pandemia destacou inadequações de governos e entre instituições internacionais para lidar com os riscos transfronteiriços.

 

8 – O estímulo económico focado principalmente no crescimento coloca em risco o Acordo de Paris. Uma estratégia de recuperação da COVID-19 baseada primeiro no crescimento primeiro e depois na sustentabilidade pode fazer fracassar o Acordo de Paris.

 

9 – A eletrificação das cidades é essencial para transições justas de sustentabilidade. A eletrificação urbana pode ser entendida como uma forma sustentável de reduzir a pobreza, fornecendo mais de mil milhões de pessoas pessoas com tipos modernos de energia.

 

10 – Ir a tribunal para defender os direitos humanos pode ser uma ação climática essencial. Os litígios climáticos estão a expandir-se.

 

 

 

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