Home»VIDA»DIREITOS HUMANOS»Peças de teatro sobre condição feminina ajudam a formar consciências

Peças de teatro sobre condição feminina ajudam a formar consciências

“Relação Abusiva” e “Mulheres à beira do precipício” estão em exibição no Auditório Carlos Paredes, em Benfica. Nestas peças, a condição feminina é analisada e dissecada nas suas múltiplas circunstâncias sociais, num misto de autobiografia e relato social que descreve realidades muito presentes na sociedade atual.

Pinterest Google+
PUB

“Relação Abusiva” e “Mulheres à beira do precipício” são duas peças da escritora e dramaturga brasileira, Luciene Balbino, em cena até 15 e 18 de julho, respetivamente, no Auditório Carlos Paredes, Junta de Freguesia de Benfica, em Lisboa.

 

Estas são duas peças onde a condição feminina é analisada e dissecada nas suas múltiplas circunstâncias sociais, num misto de autobiografia e relato social que descreve realidades muito presentes na sociedade atual.

 

«Relação Abusiva» é um monólogo que tem como fio condutor, a narrativa da história de Maria das Dores. Trata-se de uma mulher que sofreu desde a infância uma educação materna baseada na complacência e aceitação atávica do destino, para depois na escola ser vítima de abusos de colegas, e mais tarde, já adulta, ser de novo violentada em sucessivos relacionamentos.

 

VEJA TAMBÉM: AMADORA LANÇA CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO CONTRA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

 

«Mulheres à beira do precipício» conta a história de quatro mulheres que se encontram por puro acaso, na sala de espera de um hospital. Todas têm em comum um exame para fazer: uma mamografia. Mas nesse hospital trabalha o enfermeiro Adroaldo que interage com elas, ajudando a tornar o ambiente muito divertido e sobretudo muito mais leve, e que esconde também uma alma de certo modo amordaçada.

 

Esta peça é uma comédia recomendada para maiores de 16 anos, onde os personagens expressam a loucura e a inocência que vive em todos nós. São casos de mulheres reais, podiam ser nossas vizinhas, amigas ou familiares, que desabafam as suas angústias, confissões, alegrias e dilemas. A uni-las há uma poderosa e imprevisível amizade, que vai cimentar para sempre a sua condição do empoderamento feminino.

 

Foto: Fernando Pineza

Sobre a autora

Luciene Balbino não se limitou a ser a autora de ambas as peças. Começou por observar, conversar e apoiar mulheres com relacionamentos complexos e tóxicos ao longo de alguns anos.

 

Estas experiências e as dores sentidas nos diferentes problemas da condição feminina, seja em termos de drama ou comédia, chamam a atenção para a agressão contra as mulheres (mas não só) e que pretende funcionar como uma chamada de atenção à sociedade sobre a questão da violência doméstica.

 

A autora afirma que «estamos a falar de seres humanos e não do género. Diariamente muitas pessoas sentem na pelas dores físicas e psicológicas da violência e muitas, por razões diversas, escondem-na, seja por medo, seja por falta de consciência».

 

Luciene Balbino acrescenta que «outras há que conhecem quem vive este pesadelo, mas nada fazem, ora por receio de retaliações, ora por impotência. A mensagem principal é que podemos e devemos sempre ajudar quem vive estas relações nocivas e abusivas, pois ouvir o outro pode ser vital e abraçá-lo pode ser a saída de emergência que tantos procuram, até porque o crime de violência doméstica é público e temos todos dever moral de o denunciar».

 

Horários

“Relação Abusiva” estará em cena às 4ªs e 5ªs feiras, até 15 de julho, sempre às 21h00. Há sessões extra ao sábado 26 de junho (21h00), e ao domingo 27 de junho (18h00), com exceção de dia um de julho em que não haverá espetáculo.

 

“Mulheres à beira do precipício” está em exibição, até 18 de julho, sempre às 6ªs e sábados (21h00) e aos domingos (18h00). Não haverá sessões nos dias 11, 12, 13 e 18 de junho, e nos dias 2, 10, 11, e 17 de julho.

 

Os bilhetes podem ser adquiridos diretamente no Auditório ou através da plataforma Ticketline. Cada bilhete tem um custo de 12 euros.

 

VEJA TAMBÉM:

CENTENAS DE MILHÕES DE MULHERES VIVEM VIDAS ‘GERIDAS POR OUTROS’

UNIVERSIDADE DE COIMBRA LANÇA PLANO PARA PROMOVER IGUALDADE E DIVERSIDADE ATÉ 2023

QUOTAS PODEM IMPULSIONAR PROGRESSO NO EQUILÍBRIO DE GÉNERO NA POLÍTICA E NOS NEGÓCIOS

 

Artigo anterior

Líderes ou chefes? Do que precisam as organizações?

Próximo artigo

Campanha alerta para desvalorização e estigmatização da depressão