Outubro Rosa: como realizar o autoexame da mama
A mulher deve fazer o autoexame da mama a cada mês. O rastreio regular é recomendado entre os 50-69 anos com exames de dois em dois anos, mas recomendado a partir dos 40 anos em caso de fatores de risco. A 30 de outubro, assinala-se o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama.
O mês de outubro é assinalado como o Mês Rosa e pretende alertar e promover para a consciencialização do cancro da mama. Um dos aspetos mais importantes para prevenir esta doença é alertar a pessoa para a capacidade de reconhecimento dos sintomas de forma precoce. Detetar atempadamente uma situação de doença de cancro de mama pode ser vital na terapêutica a realizar.
Segundo David Rasteiro, cirurgião plástico, «atualmente e já existe uma maior consciencialização das mulheres portuguesas para os perigos do cancro da mama. No entanto o mais importante é seguir alguns passos como falar com o seu médico e realizar exames regulares que permitam detetar o problema em fase inicial».
Os exames de rastreio assumem-se como uma garantia vital de precaver qualquer situação de doença. Conversar em ambiente de consulta com o seu médico, colocar questões acerca de quando começar e com que frequência deve fazer exames para despistar a doença, são passos muito importantes no combate a uma das doenças que mais afeta a população portuguesa, em especial a população feminina. De acordo com David Rasteiro, «existem alguns exames que ajudam a detetar a doença. Desde o autoexame da mama por parte da mulher até a uma mamografia de diagnóstico, é possível estar a tento aos sinais de alerta».
Outro ponto referido pelo médico prende-se com «a importância do rastreio regular que é recomendado entre os 50-69 anos com exames de 2 em 2 anos». Caso existam alguns fatores de risco então sim é recomendado mais cedo, podendo ser necessário realizar um exame de rastreio a partir dos 40 anos.
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Autoexame da mama – como fazer?
O autoexame da mama assume um valor significativo na prevenção da doença. Este exame deve ser feito mensalmente, para avaliar quaisquer alterações nas mamas. A melhor altura para realizar o autoexame da mama é aproximadamente uma semana depois da menstruação (no final do período menstrual). Se não tem uma menstruação regular, deverá realizar, preferencialmente, o autoexame sempre no mesmo dia de cada mês. Se notar algo não usual, durante o autoexame da mama ou em qualquer outra altura, deve sempre contactar o médico, logo que possível.
David Rasteiro enumera os passos a seguir para a realização do autoexame da mama:
1- Coloque-se de pé (preferencialmente em frente a um espelho).
2- Tenha atenção à posição dos braços. Devem estar caídos ao longo do corpo.
3- O passo seguinte envolve comparar as duas mamas tendo em especial atenção ao tamanho e forma. Tenha presente que é perfeitamente normal uma mama apresentar maior volume que outra. Verifique se em alguma das mamas são visíveis nódulos ou pequenas saliências na pele em torno da mama.
4- Após verificar o aspeto geral da mama foque-se na região do mamilo. Deve prestar atenção a eventuais presenças de nódulos ou algum tipo de secreção que seja visível nesta zona.
5- De seguida deve levantar o braço esquerdo e examinar a mama esquerda com a sua mão direita. Pressione de forma suave com a ponta dos dedos e palpe toda a mama. Este passo é importante para verificar eventuais caroços ou nódulos que não sejam visíveis antes da palpação.
6- De seguida deverá massajar com a mão direita a zona da axila esquerda e a zona abaixo da mama. Mais uma vez a intenção deste passo é detetar eventuais formações anómalas em toda a região que está a observar.
7- Por último repita estes mesmos passos na mama direita de forma a concluir o exame.
Para o cirurgião, «é importante perceber que este autoexame não substitui a eficácia de análise do exame clínico. Caso sinta alguma alteração na região da mama deve imediatamente contactar o seu médico e realizar os devidos exames para avaliar a situação».
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Reconstrução mamária com introdução de implante
Quando uma mulher se depara com uma situação de cancro de mama surge a necessidade de readaptar a zona mamária atingida pela doença. A cirurgia estética de reconstrução mamária consiste em reconstruir a mama de forma a poder corresponder às expetativas da paciente.
Para David Rasteiro «esta cirurgia deve ser sempre realizada por um cirurgião certificado pela Ordem dos Médicos e pressupõe responder às angústias de uma mulher que sofre com a perda de uma/duas mamas durante um processo de cancro e respetivo tratamento». A reconstrução mamária pretende voltar a dar a mulher as suas formas e devolver, quer do ponto de vista físico, quer psicológico o equilíbrio e autoestima perdidos durante a doença.
Atualmente o processo da reconstrução mamária consiste na introdução de um implante mamário na zona abaixo do músculo da mama. Com esta cirurgia pretende-se devolver a forma e firmeza à mama. Existem próteses mamárias ao nível médico que podem ajudar no processo de reconstrução mamária. Para David Rasteiro «atualmente diria que o mais recomendável são as próteses mamárias de poliuretano, que reduzem as taxas de contractura capsular e suas complicações, o que pode ser importante de forma a evitar uma recessiva do cancro».