Os portugueses e o vinho
O vinho está agora na moda, mas o certo é que sempre teve um peso na cultura dos povos que habitaram esta região onde Portugal se situa. Descubra um pouco a história do vinho nesta região e também dos tipos de vinhos.
Para nós, portugueses, o vinho faz parte da nossa história. Pensa-se que a vinha foi cultivada pela primeira vez, na zona de Vale do Tejo e Sado, cerca de 2000 anos a.C., pelos Tartessos, um dos povos mais antigos a habitar a Península Ibérica, que usavam o vinho como moeda de troca no comércio de metais, sendo que desde então nunca mais deixou de ser uma das principais culturas.
Para mim, o vinho sempre fez parte da minha vida. Quando nasci, já o meu pai comercializava vinhos. Inicialmente, a granel, cada loja tinha dois tonéis de 1000 litros, um tinto e um branco, e os clientes traziam o garrafão de 5 litros ou a garrafa de litro vazios e enchia-se, diretamente, do tonel. Até ao início dos anos 80, era assim. A partir daí, as adegas acharam mais prático e higiénico, o vinho vir já da adega engarrafado, em garrafões de 5 litros, garrafas de litro ou 0,75lt.
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Durante muitos anos os vinhos no mercado provinham quase exclusivamente de adegas cooperativas, os viticultores não tinham capacidade para produzir e engarrafar os seus próprios vinhos, daí que entregassem as uvas na cooperativa mais próxima. No entanto, tudo mudou e hoje é comum haver produtores que engarrafam apenas 1000 garrafas de vinho. Se economicamente faz sentido? Cada um terá de responder a essa questão.
O mercado gosta de nichos, de coisas diferentes, únicas e, está sempre a pedi-las. Nunca se falou tanto e tão bem de vinho. Já passou o tempo em que se ia a casa de um amigo e nos ofereciam um whisky. Todos querem conhecer os tipos de vinhos, as castas, as regiões, os enólogos, viticultores, etc… Neste primeiro artigo, falemos dos tipos de vinho.
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Os vinhos dividem-se em tranquilos, espumantes e fortificados
– Vinhos tranquilos são todos aqueles que não recebem adição de álcool vínico, ou seja, não fortificado, e que não possuem gás carbónico. Podem ser brancos, tintos, rosés e doces de sobremesa.
– Vinhos espumantes são todos os que possuem uma quantidade significativa de gás carbónico, como espumantes e frisantes.
– Vinhos fortificados são todos os cuja fermentação é interrompida através da adição de álcool vínico, resultando numa graduação alcoólica entre 15 e 22%. Neste grupo entra o vinho do Porto, o vinho Madeira, o vinho de Carcavelos, Jerez, Moscatel, etc…
Claro que estas classificação são gerais. Num próximo artigo falarei mais pormenorizadamente sobre cada um deles e sobre as castas que lhes dão origem.
Por Ana Teresa Napoleão
Enófila