Home»ATUALIDADE»ESPECIALISTAS»Orientações para o diagnóstico do cancro da mama

Orientações para o diagnóstico do cancro da mama

Nem todas as mulheres com alterações mamárias têm que ser obrigatoriamente enviadas para unidades diferenciadas, podendo muitas delas ser seguidas pelo médico de família.

Pinterest Google+
PUB

Elementos como a idade da mulher, a história familiar, os antecedentes pessoais e outros dados clínicos e epidemiológicos podem modificar as orientações a seguir face a lesões mamárias. Assim é importante ter em atenção as seguintes recomendações:

 

Critérios para a referenciação a uma unidade especializada em patologia mamária

  1. A) Urgente
  2. Nódulo dominante, de aparecimento recente, em mulher com idade superior a 30 anos.
  3. Sinais altamente sugestivos de cancro: Ulceração / Nódulos cutâneos / Retração cutânea Eczema mamilar / Retração mamilar recente
  4. Corrimento mamilar, sanguinolenta e espontâneo.
  1. B) Sem carácter urgente
  2. Nódulo dominante, de aparecimento recente, em mulher com idade inferior a 30 anos.
  3. Modificação das características de nódulo existente e sob vigilância.
  4. Empastamento que persiste após o período menstrual.
  5. Abcesso mamário.
  6. Quisto mamário dominante ou isolado recorrente após aspiração.
  7. Dor associada a nódulo.
  8. Dor intratável que não responde a medidas simples como tranquilização da doente, correção do suporte das mamas e fármacos comuns.
  9. Corrimento mamilar persistente e não hemático em mulher com idade superior ou igual a 50 anos.

 

Situações que podem ser estudadas e orientadas pelo médico de família sem recurso a consulta da especialidade:

1 – Mulher pré-menopausica ou pós-menopausica com terapêutica hormonal de substituição com nodularidade dolorosa simétrica das mamas sem alterações localizadas.

2 – Mulher com dor mamária não incapacitante e sem lesões clínicas ou imagiológicas (estabelecer o carácter cíclico ou não da dor).

3 – Mulher com idade inferior a 50 anos com corrimento mamilar intermitente, não sanguinolenta e não incomodativa.

 

É importante realçar que o atraso no diagnóstico em tempo superior a três meses (desde o início dos sintomas ou desde a primeira consulta ao tratamento) tem um efeito desfavorável na evolução da doença.

 

Todas as lesões da glândula mamária referenciadas a unidades médicas dedicadas ao diagnóstico e tratamento desta patologia, deverão ter uma primeira abordagem clínica executada por um especialista experiente. Só após uma completa avaliação clínica se irá realizar um estudo imagiológico apropriado. A conjunção das três abordagens clínica, imagiologia e citologia / histologia conduz a uma maior precisão no diagnóstico, comparativamente à abordagem com apenas um ou dois métodos.

Artigo anterior

Ano novo, vida nova! Veja o que 2017 lhe reserva!

Próximo artigo

A Mood e o SAPO