Instinto ou cultural? O beijo vale mais do que mil palavras
E tanto é que tem até direito a dois dias mundiais, comemorados a 13 de abril e a 6 de julho! Mas, como sinal de afeto entre duas pessoas, será que beijar provém do instinto ou é um ato aprendido? Saiba o que diz a ciência sobre o ato de beijar.

Porque é que sonhamos com aquele momento em que dois corpos se aproximam, ele abraça a cintura dela, ela toca o rosto dele e levanta o pé e o beijo acontece? Num único beijo, 29 músculos estão a funcionar, as pulsações cardíacas saltam de 70 para 140 por minuto e, conforme a intensidade, podemos queimar entre três a 12 calorias.
A filematologia é a neurociência que estuda as implicações químicas, biológicas e neurológicas do beijo. Por exemplo, sabe-se hoje que um beijo bem dado estimula a produção de dopamina e oxitoxina, enquanto que um beijo menos bom produz apenas cortisol, a hormona do stress. Mas a questão maior é: em que altura do desenvolvimento humano é que nos começámos a beijar?
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Alguns cientistas defendem que o beijo é um comportamento aprendido que teve início com os primeiros humanos. Nessa altura, as mães mastigavam a comida e passavam-na da sua boca para a dos bebés e crianças. Mesmo quando estas cresciam e os dentes apareciam, as mães continuavam a pressionar os seus lábios na boca e rosto dos filhos, como sinal de afeto. Os defensores desta teoria acrescentam que 10% da população mundial não se beija, pois antropologicamente este hábito nunca fez parte da sua cultura.
Outros filematólogos acreditam que beijar é, de facto, um comportamento instintivo, explicando que os animais também o fazem. Enquanto a maior parte dos animais esfrega os narizes como um sinal de afeto, outros realmente tocam os lábios. Um exemplo são os chimpanzés-pigmeu, que se beijam depois de uma luta, para fazer as pazes, para se confortarem ou, como observado, sem qualquer razão aparente, dando sinais de que esta é uma atividade prazerosa.
Atualmente, a teoria globalmente mais aceite sobre o beijo é que os humanos se beijam para cheirarem os seus parceiros. Assim, quando os corpos estão perto um do outro, as feromonas de ambos “trocam” informação biológica e dão a resposta à pergunta: “É este um bom parceiro para mim?”
As mulheres, por exemplo, preferem no seu subconsciente homens com sistemas imunitários mais fortes, que representam uma maior hipótese de sobrevivência.
Independentemente da razão que leva ao beijo, a verdade é que a maior parte das pessoas fica satisfeito com a explicação de que beijamos simplesmente porque é bom. Porque quando os lábios e línguas de duas pessoas se tocam e as terminações nervosas reagem, acompanhando a sensação de paixão sentida, o mundo à nossa volta parece desaparecer.
Já agora, sabia que o chamado ‘beijo à francesa’, afinal, nasceu na Índia? Ora descubra a história…