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Não suporto a família do meu parceiro, e agora?

“Não suporto a família do meu parceiro” é uma frase que já ouviu dizer várias vezes, ou quem sabe já experimentou esse sentimento. Descubra sete dicas para uma convivência saudável.

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O que tinha tudo para ser único e mágico, torna-se numa tortura, numa batalha contínua, numa situação insustentável. Discussões, ameaças, críticas, uma comunicação disfuncional, pautada por ironia, que pode acabar com que o problema seja alastrado para a relação do casal.

 

Mas como ultrapassar? Deixo-lhe sete dicas:

 

1-Expressar o que sente

Comunicar o desconforto e compartilhar as suas emoções com o seu parceiro é fundamental para que ele entenda o que está a sentir. Meça as palavras, separe factos, sentimentos e emoções de forma a ser possível fazer uma análise cuidada da situação e que o seu parceiro perceba claramente o seu desconforto. Evite a teatralidade, os exageros e os “dramas” sem sentido, pois retiram naturalidade ao discurso e ao sentir.

 

2- Pratique a empatia

Para o seu parceiro, a família dele é muito importante, da mesma forma que a sua também o é para si. Portanto, coloque-se no lugar dele e tenha cuidado na análise da situação. Recordo-lhe, a sua relação é com o seu parceiro, não misture as coisas. Não faça generalizações e comparações. Frases como “pareces mesmo a tua mãe”, “nem acredito que disseste isso como o teu pai”, “és igualzinho a ele” são, como depreende, expressões a evitar. Recordo-lhe que na maioria das vezes o seu parceiro sente igualmente o desconforto, mas não o consegue verbalizar com a naturalidade e espontaneidade com que o faz. Tenha em mente que são os seus pais. Saiba esperar e não exija o que o outro não consegue dar. Não provoque reações agressivas, nem escolhas impulsivas que podem gerar culpa e desconforto.

 

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3- Estabeleça regras e limites

As famílias tóxicas não são propriamente especialistas em respeitar o espaço vital dos seus membros, pelo que é fundamental estabelecer limites específicos no sistema familiar, em que cada membro da família desempenha um papel específico.  Quando não há limites, os papéis tornam-se difusos, levando a que a pessoa ache que pode fazer tudo, pois pode alegar que nunca lhe foi dito o que podia e não podia fazer, nem o que era esperado de si. Defina de forma objetiva, clara, com uma linguagem simples, as regras e os papéis da família do seu parceiro e da sua. Lembre-se, é fundamental estabelecer limites claros, que não podem ser ultrapassados para tentar manter a harmonia familiar.

 

4- Minimize

Tudo em que nos focamos aumenta de importância. Valorize o que precisa de ser valorizado e minimize o que não é relevante. Não faça deste conflito o centro da sua vida. Há muito mais vida para além deste conflito, pense nisso e aproveite-a.

 

5- Não ceda a pressões

Limites e papéis definidos podem causar um choque na família do seu parceiro, levando a que se usem estratégias pouco nobres, como as “chantagens emocionais”. Não as reconheça e muito menos ceda a qualquer uma delas.

6- Foque-se no positivo

Não podemos ter o desejo de que os outros mudem se não o fizermos primeiro. Então, se a família do seu parceiro não é a “ideal”, aprenda a identificar aquelas coisas que são positivas. Lembre-se de que todos temos algo que se destaca e que faz a diferença. Pratique a objetividade e identifique as coisas positivas e valorize-as.

 

7- Nunca abdique de ser quem é

Não deixe que a vontade de agradar, o desejo de ser aceite leve a que tente ser “outra pessoa” quando está com a família do seu parceiro. Para além de ser artificial e confuso, deixa o seu parceiro sem saber como reagir e desconfortável. Permita- se ser quem é, não abdique dos seus valores e aceite que por isso podem não gostar de si. Mas, afinal, não é mesmo assim? Não temos de gostar todos do mesmo e sermos todos iguais e isso é a verdadeira magia da vida e da diferença.  Lembre-se, nem todos gostamos de favas…

 

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