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Nações Unidas condenam escalada de violência em Myanmar

A posição surge em resposta à morte de pelo menos 18 civis em manifestações ocorridas em várias cidades do país contra o golpe militar ocorrido no início de fevereiro. Terá sido o maior número de mortes num dia desde que se iniciaram os protestos contra o golpe militar ocorrido a 1 de fevereiro.

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O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (OHCHR) condena a escalada de violência em Myanmar no dia mais mortal de protestos até agora, ocorrido no último domingo. A posição surge em resposta à morte de pelo menos 18 civis em manifestações ocorridas em várias cidades contra o golpe militar de Myanmar, que teve lugar no início de fevereiro. O OHCHR pede o fim imediato do uso da força.

 

As forças de segurança em Myanmar abriram fogo e prenderam em massa no domingo, enquanto tentavam interromper os protestos contra a tomada do poder pelos militares. À Associated Press, um oficial de direitos humanos da ONU disse ter «informações confiáveis» de que pelo menos 18 pessoas foram mortas e 30 ficaram feridas.

 

Este terá sido o maior número de mortos num dia entre os manifestantes que estão a exigir que o governo eleito de Aung San Suu Kyi seja restaurado após ter sido derrubado por um golpe militar a 1 de fevereiro. Acredita-se que cerca de 1000 pessoas tenham sido detidas no domingo.

 

«As mortes ocorreram como resultado de munições reais disparadas contra multidões em Yangon, Dawei, Mandalay, Myeik, Bago e Pokokku», disse o Escritório de Direitos Humanos da ONU em comunicado, acrescentando que as forças também usaram gás lacrimogéneo, granadas de flash-bang e granadas de atordoamento.

 

Um jornalista da Associated Press foi levado sob custódia pela polícia enquanto fazia cobertura jornalística dos protestos. O jornalista Thein Zaw continua sob custódia policial, avança hoje a AP.

 

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou «veementemente» a violenta repressão ocorrida no fim-de-semana, afirmou um comunicado do seu porta-voz. «Ele está profundamente perturbado com o aumento de mortes e feridos graves. O uso de força letal contra manifestantes pacíficos e prisões arbitrárias são inaceitáveis», disse.

 

Guterres exortou a comunidade internacional «a unir-se e enviar um sinal claro aos militares de que devem respeitar a vontade do povo de Myanmar expressa nas eleições e parar a repressão».

 

 

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