Malnutrição: a responsabilidade de todos
É uma realidade em Portugal e um problema de saúde prevalente que continua a ser subdiagnosticado e subvalorizado.
De 1 a 7 de dezembro celebra-se, pelo sexto ano consecutivo em Portugal, a Semana da Sensibilização para a Malnutrição em Portugal, uma iniciativa pioneira que se integra nas atividades da campanha ONCA internacional e ESPEN Malnutrition Awareness Week. Este ano a Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica (APNEP) lança o tema “A malnutrição é uma responsabilidade coletiva”.
A malnutrição, também conhecida por “desnutrição” ou “nutrição inadequada”, define-se pela dificuldade em atingir as necessidades nutricionais diárias através da alimentação e é considerada um problema de saúde pública.
É uma realidade em Portugal, um problema de saúde prevalente, que continua a ser subdiagnosticada e subvalorizado como consequência da falta de informação.
Quando não identificada, leva a um agravamento quer da condição física quer do estado clínico da pessoa, com agravamento e/ou surgimento de doenças crónicas. No contexto económico atual, este problema assume particular importância, sobretudo em idosos isolados, sendo fulcral a sensibilização da população em geral e em particular dos doentes e cuidadores.
A desnutrição pode ser identificada precocemente através de sinais simples que podem ser identificados pelo próprio ou por cuidadores/familiares ou ainda profissionais de saúde.
Quais os sinais de alerta que devem fazer suspeitar da existência de malnutrição?
- Perda de peso não intencional:
Perder peso relativamente ao peso anterior, sem fazer atividade física ou restrição alimentar propositada que o justifique.
- Diminuição da ingestão alimentar:
Ter menos apetite e ingerir menor quantidade de alimentos que anteriormente.
- Dificuldade em ir às compras ou cozinhar:
Quer seja por dificuldades económicas ou limitação física ou cognitiva.
- Perda de força muscular:
Dificuldade em caminhar, levantar-se das cadeiras ou carregar objetos.
- Perda de apetite ou desinteresse pela alimentação:
Não sentir fome ou não ter interesse pela comida na hora das refeições, acabando por comer menos ou evitar comer.
Na presença de um ou vários destes siais de alerta, deve procurar um médico que irá verificar se existe risco de desnutrição, solicitar alguns exames se for necessário e orientar para os cuidados adequados de um nutricionista.
A desnutrição é reversível com um adequado e precoce suporte nutricional, sendo que a identificação precoce é essencial para um tratamento eficaz. Reverter esta condição resulta em benefícios clínicos, melhoria do controlo das doenças crónicas e melhoria da qualidade de vida. Esteja atento!
