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Joana Oliveira: «Não existem alimentos proibidos na diabetes»

De acordo com um relatório global sobre a diabetes, divulgado em abril pela Organização Mundial de Saúde, quase um milhão de portugueses com mais de 30 anos sofre da doença. Perante os números alarmantes, a dietista Joana Ramos Oliveira lançou o livro de receitas ‘Comer Para Controlar a Diabetes’. E nós desvendamos-lhe um pouco neste Dia Mundial da Diabetes, assinalado a 14 de novembro.

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O livro ‘Comer Para Controlar a Diabetes’ é a prova de que viver com diabetes não significa estar condenado a uma dieta monótona e insípida. É assim?

Esse foi um dos objetivos. Neste livro, pode-se encontrar variadíssimas receitas, desde sobremesas a pequenos-almoços, que utilizam diversos alimentos, com diferentes sabores, texturas e cores. Acho que se consegue mostrar que a alimentação da pessoa com diabetes pode ser entusiasmante e deliciosa. Mais, espero que se consiga perceber que não tem de ser diferente de uma alimentação saudável e que não são necessários alimentos especiais.

 

Comprar este livro é ter acesso a que tipo de conteúdo?

Este livro pretende ser um pouco mais que um livro de receitas. Além de cerca de 100 receitas, que incluem refeições principais, sobremesas, entradas, pequenos-almoços e lanches, resume de forma prática e simples conceitos importantes para gerir a alimentação e a diabetes. O livro está dividido em 12 capítulos que correspondem a 12 alimentos chave. Mais do que falar das vantagens e desvantagens dos alimentos, cada alimento serve para explicar o tipo de hidratos de carbono, o seu impacto na glicémia, índice glicémico, o papel da fibra, entre outras questões e controvérsias ligadas à diabetes.

 

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Porque sentiu a necessidade de lançar um livro do género?

O convite da editora Esfera dos Livros para escrever um livro de receitas foi a oportunidade para responder a necessidades de que me apercebo enquanto formadora na área da alimentação e diabetes. Existem muitos mitos, muitas controvérsias e muitos discursos paternalistas e condescendentes. Uma doença crónica como a diabetes implica que a pessoa é a principal responsável pelo seu tratamento. Nesse sentido, as pessoas cada vez mais procuram informação concreta e clara que lhes permita ajustar a sua alimentação e tomar decisões específicas e seguras em relação à alimentação.

 

As receitas foram todas criadas por si?

Existem receitas originais, mas a maior parte são receitas tradicionais e comuns, como empadão, açorda, sopa de tomate e feijoada de choco. O objetivo era mostrar que a alimentação não tem de ser complicada e que podemos adaptar as receitas, tornando-as mais saudáveis. Mais do que as receitas, são as estratégias que cada uma representa que devem ser aplicadas no nosso dia a dia.

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