Herpes labial: como se manifesta e tratamento
O herpes labial é uma infeção que se pode manifestar nos lábios, gengiva ou mucosa sob a forma de úlceras que causam uma ferida, podendo ser dolorosa e incómoda.

O herpes labial transmite-se pelo vírus do herpes simples (herpes simplex vírus HSV). Este subdivide-se em 2 tipos:
– HSV-1 que causa o herpes labial e a ceratite (ulcerações na córnea do olho);
– HSV-2 que causa o herpes genital, porém esta distinção não é absoluta.
Trata-se de um vírus muito contagioso e que pode ser transmitido pelo contato direto com as úlceras e, por vezes, através do contato com a boca ou os genitais de pessoas com infeção por HSV mesmo quando nenhuma úlcera esteja visível.
Depois da primeira infeção, chamada primária, o vírus permanece inativo, ou latente, no organismo por toda a vida. Esta infeção latente pode não causar sintomas novamente ou pode ser reativa e voltar a causar sintomas. A reativação de uma infeção oral pode ser desencadeada por:
– Febre;
– Menstruação;
– Tensão emocional;
– Supressão do sistema imunológico.
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Também pode desenvolver-se após um trauma físico ou a exposição prolongada à luz do sol. A primeira infeção oral normalmente manifesta-se por úlceras dolorosas dentro da boca e é mais comum em crianças. Antes de aparecerem, a pessoa pode sentir um desconforto ou formigueiro na zona. Adicionalmente também podem apresentar febre, dores de cabeça e corpo.
As úlceras na boca duram entre dez a dezanove dias para cicatrizar e as recidivas normalmente manifestam-se como um aglomerado de feridas no lábio. Posteriormente, essas úlceras “rebentam” e formam uma crosta.
Para ser detetada e diagnosticada a presença deste vírus pode ser feita uma análise de uma amostra retirada da úlcera, mas esta condição é facilmente reconhecida pelo médico. Também podem ser feitos exames ao sangue para identificar os anticorpos contra o HSV. Estes exames permitem até perceber se a infeção é provocada pelo HSV-1 ou HSV-2.
De forma a prevenir a infeção, as pessoas que sabem já serem portadoras do vírus devem evitar beijar outras assim que sintam o desconforto anterior ao surgimento das úlceras até que a cicatrização esteja completa. Não devem partilhar copos, nem utensílios que possam estar em contato com a boca, e se possível não devem tocar nos lábios e evitar sexo oral.
Para que não tenham recidivas, as pessoas portadoras do vírus devem evitar atividades e os fatores que desencadeiam o surgimento de um episódio.
O tratamento mais comum é a administração de antivirais como o aciclovir, o vavaciclovir ou o fanciclovir. No entanto, estes medicamentos não erradicam a infeção provocada pelo vírus, apenas podem aliviar ligeiramente o desconforto e ajudar a resolver os sintomas uns dias antes. O tratamento é mais eficaz se for iniciado poucas horas depois de surgimento dos sintomas.
A aplicação de gelo na zona afetada pode ter um efeito calmante e reduzir o inchaço e os cremes que contenham tetracaína ou benzocaína podem ajudar a aliviar a dor, mas apenas um profissional de saúde estará habilitado para aconselhar e prescrever a medicação correta para cada caso.