Há sal para todos os gostos, mas qual o melhor?
Atualmente estão disponíveis no mercado diversos tipos de sal, todos com um denominador comum: o sódio. Sal marinho, flor de sal, sal dos Himalaias, sal iodado..., mas afinal no que é que eles diferem entre si?

Uma coisa é certa: o consumo de sal (cloreto de sódio) deve ser limitado a 1 colher de chá/dia (5g corresponde a 2g de sódio), isto inclui não só o sal o que faz parte da composição dos alimentos (intrínseco), como aquele que é adicionado aos alimentos na nossa cozinha ou está mascarado em produtos processados pela indústria (ambos, extrínseco).
Em média, em 2012, os portugueses consumiram 10,7g de sal por dia (estudo PHYSA), o que corresponde ao dobro do recomendado. Dados mais recentes, revelam que a ingestão de sódio em Portugal é de 2,9g/dia, o que equivale a 7,4g de sal, sendo superior nos homens relativamente às mulheres.
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Diversos tipos de sal
Atualmente estão disponíveis no mercado diversos tipos de sal, todos com um denominador comum: o sódio. Sal marinho, flor de sal, sal dos Himalaias, sal iodado, … mas afinal em que é que eles diferem entre si? Além da textura e do sabor, a quantidade de sódio e a presença (ou não) de outros minerais.
O sal de cozinha é o mais comum, semelhante ao sal grosso no que se refere à composição (sódio e cloro) e à quantidade de sódio (400 mg sódio/1g sal), ambos são relativamente pobres em nutrientes, diferem apenas no processamento (o primeiro é mais refinado do que o segundo).
Mais caro e menos processado do que o sal de cozinha, o sal marinho contém mais sais minerais e dependendo da região pode apresentar diferentes texturas e cores.
Outro sal que surgiu nos últimos tempos foi a flor de sal. Mais caro, com sabor mais intenso, de textura crocante e produzido dependente de condições atmosféricas específicas, contém 10% mais sódio do que o sal refinado (450 mg). A mesma moda segue a tendência cor de rosa, e vem dos Himalaias. Este sal tem um teor mais baixo de sódio (230 mg) e é rico em cálcio, magnésio, potássio, cobre e ferro.
Por último, e não menos importante (pelo contrário), vem o sal iodado. Como o próprio nome indica, há adição de iodo ao sal, tornando-o numa das melhores e mais eficazes formas de aumentar o consumo de iodo na população (em défice no nosso país), sendo atualmente a principal estratégia a nível mundial para prevenir a sua deficiência.
A verdade, e aqui manifesto a minha opinião, ninguém vai consumir sal a mais (acima do recomendado) para obter mais cálcio, ferro, magnésio, no seu dia-dia, certo? Para isso existe a fruta, os legumes, as leguminosas…
Resumindo:
Independentemente do tipo de sal, o seu consumo deve ser moderado. Fazendo jus à Dieta Mediterrânica, a prioridade é substituir o sal por ervas aromáticas (alecrim, coentros, louro, salsa, orégãos) ou especiarias (pimenta, caril, cominhos, caril) dando aos pratos mais sabor por menos sal. A optar, opte pelo iodado.
Por Rita Teixeira
Nutricionista