Fibromialgia e a alimentação
A alimentação pode ser uma aliada no alívio dos sintomas. Saiba o que comer e o que evitar.
A fibromialgia é considerada uma síndrome, já que se trata de um conjunto de manifestações clínicas, como a dor, fadiga, edemas, indisposição e distúrbios do sono, os quais podem levar a pessoa a desenvolver uma depressão, síndrome do cólon irritável e até mesmo incómodos ao urinar – ou seja, é uma síndrome dolorosa não-inflamatória. Esta síndrome é caracterizada por uma dor crónica e generalizada, principalmente em tendões e articulações.
Trata-se de uma doença que está relacionada diretamente com o sistema nervoso central, porque existe uma alteração nos mecanismos de perceção da dor relativamente a um estímulo de dor crónica, processo inflamatório, infecioso ou stressante. É uma doença que acomete mais pacientes do sexo feminino, com idades geralmente entre os 35 e os 50 anos, podendo causar um grande impacto no bem-estar, na qualidade de vida e no desempenho profissional do indivíduo.
O tratamento geralmente é feito através de medicação e tem como principal objetivo atenuar os sintomas, ou seja, aliviar as dores, melhorar o sono, diminuir a fadiga/cansaço e restabelecer o equilíbrio emocional da pessoa que sofre com esta patologia. Porém, o tratamento farmacológico tem-se mostrado meramente eficaz na maioria dos casos, necessitando de uma associação com terapias não medicamentosas. Assim, a alimentação torna-se num grande aliado no tratamento da fibromialgia.
Recomendações alimentares
– A pessoa que padece com esta doença deve evitar alimentos que contenham cafeína, teína e outras substâncias estimulantes, uma vez que podem agravar e atrapalhar as horas de sono, que nos pacientes com a síndrome já se encontra prejudicado. Pode-se aconselhar, também, a ingestão de infusões com propriedades calmantes, ou seja, que induzem o sono, como: erva-cidreira, maracujá (passiflora), hortelã, melissa e camomila.
– Devido a uma ingestão prolongada de medicamentos analgésicos, utilizados a fim de aliviar as dores, recomenda-se o aumento da ingestão alimentos ricos em ácido ascórbico (vitamina C) e potássio, como frutas cítricas, manga, papaia, kiwi, morango, acerola, brócolos, banana, farelo de aveia, nozes e damasco. Importante também, são os alimentos ricos em cálcio (que se encontram em: amêndoas, couves, brócolos, agrião, leite, iogurtes e outros lacticínios preferencialmente magros, atum e feijão), e em magnésio (principais alimentos: sementes de abóbora e girassol, gergelim, banana, grão-de-bico, lentilhas, quiabo, algas marinhas, espinafres, couves, grânola, aveia, arroz integral e tofu), já que estes minerais são fundamentais e melhoram a contração muscular e a transmissão dos impulsos nervosos.