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Evitar o suor em excesso. Sim, é possível

A hipersudorese é uma perturbação que atinge um grande número de pessoas e caracteriza-se pelo excesso de suor que se manifesta habitualmente no rosto, axilas, mãos e/ou planta dos pés.

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O suor é um procedimento essencial para a regular a temperatura do nosso organismo, sendo controlado pelo sistema nervoso autónomo e, portanto, não dependente de uma escolha nossa. Na verdade, este problema é bastante comum e habitualmente aparece na infância. É mais constante no sexo feminino tendo uma maior tendência de intensificação dos sintomas na fase da puberdade.

 

Além de ser um problema muito incomodativo, agrava-se na altura da primavera e do verão devido ao calor ou ainda em situações de stress. Quem sofre desta condição afirma que é bastante desagradável e inconveniente viver com este obstáculo.

 

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Dos pacientes que recebo em consulta chegam-me relatos comuns a todos em que evitam cumprimentar as pessoas, mancham frequentemente a roupa, molham as meias que ficam húmidas ao longo do dia ou não utilizam sandálias ou sapatos abertos porque as manchas de suor ficam mais visíveis. A nível profissional é embaraçoso porque têm dificuldade no contacto social, evitam escrever porque molham o papel, tentam não pegar em objetos e trabalhar no computador é um desafio.

 

Efetivamente, pode causar danos psicológicos graves, uma vez que há uma tendência para o isolamento social e para esconder o problema que nem sempre é percebido pelos que os rodeiam. Existem duas soluções para a sudorese excessiva. Uma opção definitiva que envolve anestesia geral e uma pausa na atividade profissional e uma outra opção mais temporária feita em tempo de consulta.

No primeiro caso refiro-me à cirurgia em que eliminamos o estímulo nervoso que vai até às glândulas do suor pelo que a mensagem não chega então às nossas glândulas e assim não suamos. Trata-se de uma solução definitiva que acaba por resolver muitos casos, mas gostaria de ressalvar que por vezes o organismo não reage como deveria a esta alteração sendo que a eficácia pode ficar comprometida.

 

A toxina botulínica, vulgo botox®, é a outra hipótese no combate a este problema. Sendo um produto habitualmente bem tolerado, através da sua aplicação nas áreas críticas conseguimos um bloqueio dos pequenos músculos das glândulas do suor que evita, precisamente, a saída do suor. Tem um efeito progressivo até diminuir o suor em excesso e fica ativo aproximadamente por seis meses. Este tratamento é realizado em consulta e demora cerca de 25 minutos podendo perfeitamente ser feito numa hora de almoço.

 

Qualquer que seja a solução escolhida pelo paciente e de acordo com a minha opinião enquanto profissional de saúde, a mudança é notória na sua forma de estar após o procedimento, dando-se alterações muito positivas no seu dia-a-dia e, claro, na sua autoestima.

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