Estudo explica porque certas músicas não nos saem da cabeça
Consegue ouvir a música 'Move Like Jagger' sem ficar a cantarolar? Dificilmente, pois esta segue uma fórmula que ajuda a ficar 'colada' à cabeça. No dia em que se celebra o Dia Mundial do Canto, este ano a 16 de outubro, saiba o que diz a ciência sobre isto.

Ter uma música em constante repetição na cabeça é uma sensação comum e acontece a 90% das pessoas, pelo menos, uma vez por semana. E isto deve-se à sua melodia genérica e muito fácil de lembrar, de acordo com um estudo conduzido por Kelly Jakubowski, da Universidade de Durham, Inglaterra.
«Independentemente do sucesso gráfico de uma música, há certas características da melodia que a tornam mais propensa a ficar presa na cabeça das pessoas», elucida a autora no site oficial da Universidade de Durham.
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O estudo demonstrou que as músicas que ficam presas na cabeça – chamadas de imagens musicais involuntárias – são geralmente rápidas, com uma melodia bastante genérica e fácil de lembrar, com alguns intervalos únicos como saltos ou repetições que as distinguem da música pop comum.
Um dos exemplos nomeados no estudo incluem a música ‘Bad Romance’ de Lady Gaga e, também, ‘Don’t Stop Believing’, de Journey. As rádios, por norma, passam mais vezes uma determinada música por ter esta característica de ficar ‘colada’ à mente dos ouvintes.
«Os nossos resultados mostram que se pode até certo ponto prever quais são as músicas que vão ficar presas na cabeça das pessoas com base no conteúdo melódico da música. Isso pode ajudar compositores aspirantes a escrever um jingle de que todos se vão lembrar dias ou meses depois», afirma Kelly Jakubowski.
O estudo, publicado no jornal ‘Psychology of Aesthetics, Creativity and the Arts’, descobriu que as músicas mais prováveis de ficarem presas na cabeça das pessoas são aquelas com contornos melódicos mais comuns, isto é, muito semelhantes a músicas pop. Exemplo disso é o riff de abertura da música ‘Move Like Jagger’, dos Maroon 5, pois também segue este padrão de contorno comum de subir a nota e, em seguida, baixá-la.
Noventa por cento das pessoas têm uma música presa na cabeça em constante repetição, pelo menos, uma vez por semana. O caso acontece normalmente em momentos em que o cérebro não está a fazer grande esforço como, por exemplo, quando se está a tomar banho.