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Estudo: a melhor forma de comer espinafre é cru

Pesquisadores na Suécia prepararam espinafre de diferentes formas e a diferentes temperaturas. O objetivo era perceber qual a melhor forma de maximizar o antioxidante luteína presente nestes vegetais e que é muito importante para a manutenção de um sistema imunitário saudável. E a sua potencia máxima é conseguida quando associado a gordura de produtos lácteos.

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Ingerir espinafre em batidos ou sumos é a melhor forma de obter o antioxidante luteína, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Linköping, Suécia.

 

A luteína é um pigmento solúvel em gordura natural encontrado em plantas, particularmente em vegetais verde escuros, pelo que os pesquisadores desta universidade quiseram comparar e perceber de que forma diferentes maneiras de preparar espinafre influenciaria a presença deste antioxidante no alimento pronto a consumir.

 

Muitas pessoas com aterosclerose (estreitamento das artérias) têm inflamação crónica de baixo grau que pode ser medida no sangue. Esta inflamação está ligada a um risco aumentado de enfarte do miocárdio.

 

O grupo de pesquisa estudou anteriormente o papel deste antioxidante, nomeadamente que pode atenuar a inflamação nas células imunitárias de pacientes com doença arterial coronária.

 

Também mostraram que a luteína pode ser armazenada nas células do sistema imunitário, o que significa que é possível construir uma reserva de luteína dentro do corpo. Isso levou os pesquisadores a questionarem se é possível influenciar o nível de luteína no sangue, aumentando a ingestão de luteína na dieta.

 

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Testes a diferentes temperaturas

Neste estudo, os pesquisadores investigaram qual o método de preparação que maximiza a obtenção de luteína. Escolheram estudar o espinafre, pois contém níveis altos de luteína e é consumido por muitas pessoas. Assim como muitos outros nutrientes, a luteína é degradada pelo calor.

 

«O que é único neste estudo é que usamos métodos de preparação que são frequentemente usados ​​para cozinhar alimentos em casa, e comparamos várias temperaturas e tempos de aquecimento. Também investigamos métodos de preparação em que o espinafre é comido frio, como em saladas e smoothies», diz Lena Jonasson, professora do Departamento de Ciências Médicas e da Saúde e consultora em cardiologia.

 

A fim de simular métodos de preparação que são frequentemente usados ​​na vida quotidiana, os pesquisadores sujeitaram o espinafre a, por exemplo, fritura, cozedura ou fervura até 90 minutos, e mediram o conteúdo de luteína em diferentes momentos.

 

Assim, espinafre cozido numa sopa não é aquecido a temperatura tão alta e durante tanto tempo como numa lasanha, por exemplo. É por isso que os pesquisadores compararam diferentes tempos de aquecimento.

 

Descobriu-se que o tempo de aquecimento é importante quando o espinafre é fervido. Quanto mais tempo ele é fervido, menos luteína o espinafre retém. O método de cozedura também é importante: quando o espinafre é frito em alta temperatura, uma grande fração da luteína é degradada após apenas dois minutos.

 

Reaquecer o alimento num forno de microondas é uma prática muito comum na vida moderna. Os pesquisadores descobriram que reaquecer a comida no microondas compensou em certa medida a perda de luteína nos alimentos cozidos.

 

Ou seja, mais luteína é libertada do espinafre à medida que a estrutura da planta é decomposta pelo microondas. «O melhor é não aquecer o espinafre. E ainda melhor é fazer um smoothie e adicionar gordura dos produtos lácteos, como leite ou iogurte.

 

Quando o espinafre é picado em pedaços pequenos, mais luteína é libertada das folhas e a gordura aumenta a solubilidade da luteína no fluido», remata Rosanna Chung, principal autora do estudo.

 

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