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Estudar astrologia: conhecer as raízes da tradicional e adaptação à moderna

A forma como começamos a estudar astrologia envolve as consequências da forma como vamos atuar como profissionais da área. (Parte 1).

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Como noutro artigo que podem consultar nesta página da MOOD, onde já falo da História da Astrologia, apenas refiro que a seguir a esta época de Ptolomeu apareceu uma astrologia mais parecida com a nossa provavelmente proveniente da Pérsia e que era significativamente diferente da tradição grega principalmente no uso das orbes para os aspetos e no sistema de casas. Esse sistema surgiu na Europa na época das Cruzadas e foi sistematizado com o trabalho de Ibn Ezra e Guido Bonatti entre o século XII e XIII.

 

Mas vamos um pouco a distinções. Com a teoria de Hipócrates, surgem as explicações das qualidades primitivas associadas aos temperamentos: ‘quente’ ligado ao máximo de energia e o ‘frio’ ao mínimo de energia, ‘seco’ para dificuldade de estabelecer relacionamento e ‘húmido’ que estabelece relações entre coisas diferentes, tudo ligado aos elementos, Fogo, Terra, Ar e Agua, por volta de 4000 a.c.

 

Assim, de forma muito resumida, deixo uma pequena resenha de como surgem as ligações aos planetas, sendo Saturno: frio e seco; Júpiter: quente e húmido; Marte: quente e seco; Sol: quente e seco; Vénus: quente e húmida; Mercúrio variável; Lua: húmida e seca. Repare que a forma como coloco os planetas se encontra na ordem caldaica, onde o Sol é o centro, e o planeta mais próximo recebe mais luz, logo mais energia, o mais longe, torna-se mais seco e frio. Estas qualidades primitivas foram a base para Empédocles elaborar a teoria dos quatro elementos, criando novas possibilidades para novos conceitos da natureza humana e principalmente para o funcionamento do corpo humano.

 

O modo de pensar grego era cíclico e fundamentava-se nas estações do ano, no qual as mudanças na natureza planetária e humana eram visíveis e geravam um padrão repetitivo. Como esta análise, de forma como já referi muito resumida, baseia-se a astrologia ocidental com o respetivo zodíaco tropical, que se baseia no movimento do sol ao longo do ano, conhecido pela translação. Para a AT, os elementos são a base da estrutura do corpo e do indivíduo em revelação pela sua vitalidade e ou carência de saúde, algo crucial na época com muitos menos meios de diagnóstico e necessária para a luta das suas guerras e conquistas de territórios.

 

Ligamos assim, como refiro, as qualidades primitivas aos elementos e temperamentos, sendo:

Colérico: Fogo, Carneiro, Leão e Sagitário – tipo guerreiro que tem muita energia para gastar, como também é seco, ideal para um guerreiro;

Melancólico: Terra, Touro, Virgem e Capricórnio – tipo frio e seca não muda de forma fácil. Daí ligarmos a característica de conservadores.

Sanguíneo: Ar, Gémeos, Balança e Aquário, por ser húmida e quente torna-se maleável, adaptando-se às circunstâncias, sabendo as contornar. Associado a tudo que é mental.

Fleumático: Água, Caranguejo, Escorpião e Peixes, fria e húmida, não determina a sua forma, pelos 3 estados da sua composição. Daí as caraterísticas ligadas ao emocional e á sua sensibilidade que varia o seu percurso de acordo com o seu estado.

 

Seguirei com este tema nos próximos artigos fechando a 1ª parte desta série de artigos ligados ao mesmo tema.

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