Estaremos a ficar solitários, seletivos ou apenas a escolher quem queremos ter ao nosso lado?
De repente, parece que tendemos a escolher mais com quem sair, com quem estar, com quem partilhar a vida e as coisas dela. Será da idade, do contexto, ou mesmo um reflexo da sociedade em que vivemos?

Resposta difícil para uma pergunta complexa. No entanto, o que sabemos é que relacionar-se com poucas pessoas é uma escolha. Portanto algo simples, baseado na premissa que podemos ter muitos conhecidos, mas amizades profundas, as que exigem dedicação, tempo e honestidade, teremos poucas.
Problema, a maioria de nós cresceu a acreditar que ter muitos amigos é um sinal de sucesso e de ser genuinamente boa pessoa. No entanto, um mito, pois um amigo não é exatamente o mesmo que um conhecido. A amizade precisa de tempo, intimidade, conversas difíceis, sinceridade e capacidade de perdoar. Paralelamente é praticamente impossível estabelecer relações relevantes e intensas com todas as pessoas com quem nos relacionamos diariamente.
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Por isso, a reter que, quando falamos de amizade, a qualidade é mais importante do que a quantidade. Não interessa a quantidade, mas sim a qualidade dos laços sociais estabelecidos. Ora, de que vale ter muitos amigos se não existe reciprocidade? Todos os seus amigos serão tão amigos de si quanto é deles? Tenha em mente que a amizade pressupõe dedicação, disponibilidade e valorização da companhia do outro.
Em suma ter mais ou menos amigos e conhecidos é completamente circunstancial, dependente de vários fatores como a fase de desenvolvimento em que se encontra, se já está feliz com o seu círculo próximo, se o seu trabalho permite novas interações, se está a passar por um momento psicologicamente difícil, entre outros.
Lembre-se, é uma pessoa, não um colecionador de amigos. Não precisa provar o seu valor social. Ter amigos que não o valorizam podem prejudicar a sua saúde mental, mudar a maneira como se vê e impedir que liberte todo o seu potencial.
Um pequeno círculo social também pode ser um indicador de que tomou medidas para eliminar pessoas tóxicas, que não acrescentam e só condicionavam a sua vida.
Em suma, socializar com poucas pessoas é um sinal de independência. É natural escolher relacionar-se com poucas pessoas. É normal ter um pequeno círculo interno. Não há nenhum benefício em ter 100 conhecidos e nenhum amigo próximo, não vale o seu tempo e esforço.
Pense nisso!
Escolha quem acrescenta, não quem diminui…