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Estar solteiro: uma escolha

Não ter um relacionamento é uma escolha, assim como escolhemos o que vestir, o que comer, onde viver ou até mesmo trabalhar. Mas tal parece que ainda não está enraizado na nossa sociedade.

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A angústia do estado de solteiro tem aumentado cada vez mais, sobretudo para as pessoas depois dos 30 anos. A potencialização desse sofrimento, depois dos 30, acontece pelo facto da pessoa se sentir pressionada pela sociedade, especialmente por aqueles que estão próximos.

 

A família começa a fazer piadas, os amigos começam a namorar e, por vezes, casam-se. Todos, então, perguntam: “Não estás a namorar?”; “Estás muito exigente! Assim vais ficar solteiro/a!”. Ou até mesmo: “Coitado/a! Está sozinho/a até hoje?”. Ninguém precisa namorar para ser feliz, é possível ser-se feliz e usufruir da vida, completamente solteiro.

 

Para saber lidar bem com essa pressão que a sociedade impõe, é preciso, antes, compreender porque sofre, entender porque motivo quando ouve determinadas coisas isso lhe causa tanto desconforto, pois sofrer pelo estado de vida em que se encontra não faz qualquer sentido.

 

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O solteiro está solteiro, e não é solteiro; ele é uma pessoa antes de definir o seu estado de vida, seja solteiro, casado ou celibatário. Encontre-se com a sua verdade, assuma-a e o sofrimento diminuirá!

 

Muitas pessoas pensam que os seus relacionamentos determinam o seu valor, mas a verdade é que viver sem um parceiro não torna ninguém indigno de receber amor. Ter ideias como “Eu não presto sem um namorado”, ou “sou tao estranho/a que ninguém me quer” só reforça ideias negativas acerca de si próprio, impedindo de ser verdadeiramente feliz. Não se deixe intimidar por sentimentos de inveja ou medo só para se adequar às outras pessoas.

 

Valorize a sua escolha

Aproveite e valorize a sua escolha. Não permita que “relógio biológico social” lhe grite “Despacha-te porque já não tens muito tempo” ou que a solidão lhe sussurre baixinho: “Estás sozinho/a!”. As pessoas podem estar sós e não sentirem solidão, mas também podem estar acompanhadas e sentirem-se sós.

 

Portanto, a solidão é apenas um estado e não algo definitivo; ou seja, pode sentir-se sozinho e muito triste hoje, no entanto, não quer dizer que também o sinta amanhã. Há uma grande diferença entre estar sozinho e sentir-se sozinho. Não permita que lhe colonizem a mente com crenças desfasadas da sua realidade.

 

Aceite-se, valorize-se e ame-se, não dependa de outros para que se sinta aceite, valorizado/a, ou amado/a. Torne-se a sua melhor companhia. Tenha em mente que é a única que tem como certa na estrada da vida. Foque-se em si, em se conhecer, em descobrir o que tem de especial e desfrute de si próprio, assim desfrutará também melhor dos outros.

 

Não se deixe levar pela perspetiva que pode ser perigosa que é impossível ser feliz sem a presença de alguém ao seu lado. Ao renunciar desta necessidade, evita cair nas amarras da dor da solidão e fazer escolhas erradas.

 

Não admita ser acusado/a de ter um defeito, uma falha, ou mesmo uma “avaria”.  Lembre-se, estar solteiro é a sua escolha, não se induza qualquer pressão psicológica para a alterar, nem permita que pressionem para tal.

 

Nunca desista das escolhas que o/a fazem feliz! Pense nisso!

 

 

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