E… estamos no Natal
O Natal é uma época especial. A vários níveis. Mas vou focar-me num, baseado apenas na minha experiência empírica. Não conheço ninguém que ache o Natal ‘assim-assim’: ou se gosta bastante da época ou não se pode com ela. E cada um lá terá as suas razões. Eu estou do lado dos que adoram o Natal. Mesmo tendo-se transformado numa época de loucura consumista.
Gosto de tudo: do reunir da família, das iguarias típicas do Natal, gosto do momento da abertura dos presentes, da alegria das crianças. Gosto de estar a ‘matar tempo’ com a família à espera do jantar e depois mais um pouco até abrirmos os presentes. Gosto das músicas de Natal que ouvimos nos centros comerciais e nas ruas dos centros das cidades – e que nos enchem de espírito natalício. Já gosto menos da azáfama, mas contorno a situação optando por visitar estes espaços em horários menos concorridos.
Baseado então na minha experiência empírica ao longo da vida, das poucas pessoas com que me tenho cruzado que não gostam do Natal todas têm um ponto em comum: foi motivo de stress na infância. Por alguma razão e em algum dezembro longínquo não estavam felizes. E isso ficou lá recalcado. A época está associada a um sentimento menos positivo. E agora resmungam pela azáfama, pelo deturpar do significado, pela importação de conceitos, pelo histerismo de outros, etc.. etc.. E não fazem árvore, compram presentes a contragosto, etc.. Não é de facto uma verdade de base científica, mas é o que tenho constatado.
Julgo que este gosto se cimenta, portanto, na infância. Quando a festividade é aprendida e vivida em alegria, é este o sentimento que perdura, pese embora as contrariedades da vida de cada um ao longo do seu percurso. Viver o Natal ‘assim-assim’, de facto, não é muito comum.
Mas também já constatei este sentimento a mudar, muito (ou tudo) devido a filhos que fazem a magia do Natal entrar em casa de quem antes não era feliz nesta época. É, de facto, a magia do Natal.
Este é ainda um momento em que realmente paramos. Mais do que nas férias de verão, em que temos sempre algo em mente para fazer. No Natal, não. A 24 e 25 de dezembro, de facto, não há nada mais para fazer além de ficar em casa e estar com a família. E pouco mais.
Cá por casa, a árvore de Natal já está feita, a lista de presentes começa a ser engendrada mentalmente, e a expetativa de comer as melhores azevias em alta. Vamos aproveitar que passa depressa.