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Esclerose múltipla: inovação no tratamento da doença

No Dia Mundial da Esclerose Múltipla, assinalado a 30 de maio, a neurologista Marisa Brum põe-nos a par das mais recentes terapêuticas para combater esta doença que afeta cerca de oito mil portugueses, sobretudo jovens adultos e com maior incidência em mulheres.

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Esta medicação permite conseguir, na maioria dos doentes, uma eficácia clínica durante um período de até quatro anos com um máximo de 20 dias de comprimidos ao longo de dois anos. Os doentes, para os quais há indicação para o novo tratamento, poderão ter um dia a dia com menos condicionantes devido à esclerose múltipla, uma vez que os efeitos laterais são leves e pouco frequentes e a necessidade de analises regulares é menor em comparação com outros fármacos.

 

Para além disso, ainda este ano outro tratamento foi aprovado para as formas de doença primaria progressivas. Este facto irá permitir abrandar a evolução da doença neste subgrupo de doentes, algo que ainda não era possível até à data.

 

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Por fim, ainda a aguardar aprovação, existe outro tratamento para as formas muito graves da doença. Este último requer uma monitorização das análises e vigilância clínica mais apertada.

 

O objetivo atualmente relativamente ao tratamento dos doentes é reduzir o máximo possível o número de surtos, reduzir a progressão da incapacidade que a doença pode dar, e diminuir, de igual forma, lesões observadas nos estudos de ressonância magnética. Com os novos tratamentos e com as suas formas de atuar inovadoras consegue-se hoje em dia alcançar em um número elevado de doentes os objetivos referidos.

 

Em suma, a esclerose múltipla é uma doença inflamatória do SNC que pode ser incapacitante. Muito tem sido o esforço para o desenvolvimento de novas terapêuticas que permitirão ao doente descobrir uma vida, com menos incapacidade e limitações, ou seja, mais próxima de uma vida sem EM.

 

Por Marisa Brum

Neurologista

Centro Hospitalar Lisboa Central

Campus Neurológico Sénior

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