Emprego jovem: as soft skills mais valorizadas pelos empregadores
Num mercado em acelerada transformação devido à pandemia, a entrada no mercado de trabalho é ainda mais desafiadora. É aqui que as soft skills podem entrar como fator distintivo.

Com uma taxa de desemprego de 22,6% em 2020, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os jovens dos 15 aos 24 anos são o grupo mais afetado por este flagelo. O cenário, agravado pela pandemia, desafia a sociedade, e as empresas em particular, a criar estratégias alternativas para integrar esta faixa etária no mercado de trabalho e torná-los aptos para os desafios futuros.
E se a entrada de um jovem no mercado de trabalho sempre foi desafiante, no contexto de pandemia, o desafio é ainda maior, com muitas alterações a ocorrer no mercado de trabalho a uma velocidade estonteante.
Face a este contexto, são as soft skills que emergem como diferenciadoras na hora do primeiro contacto dos jovens com o mercado de trabalho: a atitude, a empatia, a flexibilidade e capacidade adaptação e o pensamento crítico são as características mais valorizadas pelos empregadores. Veja de seguida o que as empresas mais valorizam nos jovens, segundo a consultora Adecco.
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Atitude
A atitude com positivismo. Podemos abordar uma questão como um problema ou um desafio: o problema tende a desgastar, o desafio tende a ser interessante de perceber e ultrapassar. Um desafio abordado com coragem e ambição para ser ultrapassado é uma atitude diferenciadora que as entidades valorizam muito. A questão do desafio é individual e interior, não é da empresa ou de fatores externos.
Empatia
Boa capacidade de relacionamento, de ter uma escuta ativa, perceber o que está do lado do outro e depois conseguir comunicar, interagir, negociar. E necessário ter capacidade de negociação para colocar as ideias em prática. Estes perfis têm um potencial de banda larga, pois podem ser integrados em equipas em qualquer área.
Flexibilidade e capacidade de adaptação
Sempre foram competências valorizadas, mas nesta fase mais ainda. Numa altura em que as equipas tendem a ser mais pequenas e as empresas têm necessidade de alocar recursos, um perfil flexível, que não resiste à mudança, com mente aberta para abraçar funções destaca-se perante quem contrata.
Pensamento crítico e fora da ‘caixa’
Não dar como adquirido o que está como instituído e questionar é uma forma de incentivar a inovação, mas que só tem impacto desde que venha acompanhado de resiliência: sempre que estamos perante uma mudança, estamos perante obstáculos e o ser humano que, por natureza, não gosta de fazer mudança. Portanto se temos pensamento crítico, se não formos resilientes não vamos conseguir implementar as nossas ideias e melhorar os processos das nossas empresas.
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Então, o que fazer?
Emergência de reskilling – Para as pessoas que estão já a trabalhar é emergente, mas para quem entra agora no mercado de trabalho é muito importante estar consciente de que tem que manter a capacidade de aprendizagem, tem que continuar a fazer upskilling (otimização de competências) e reskilling (reajustamento de competências).
Sexiness – É da responsabilidade de cada um de nós tornarmo-nos atrativos para uma empresa, mantendo-nos curiosos e atuais.
A importância das relações completas – A digitalização pode prejudicar as relações duradouras e mais profundas, o que leva ao isolamento sobretudo de perfis com menos capacidade comunicação. Cabe à liderança preencher este espaço, nomeadamente telefonar, auscultar dificuldades e lutar pelo bem-estar de todos. Mas também cabe ao indivíduo responder a este desafio.
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