Emergência climática é a prioridade número 1 para a ONU
Na celebração dos 75 anos da primeira sessão da Assembleia Geral da ONU, realizada a 10 de janeiro de 1946, António Guterres afirma que mundo pode emergir mais forte desta pandemia com a colaboração de todos.

Dar resposta às alterações climáticas é a prioridade número 1 para a Organização das Nações Unidas (ONU), salienta António Guterres. Na celebração virtual dos 75 anos da primeira sessão da Assembleia Geral, realizada a 10 de janeiro de 1946, em Londres, o secretário-geral das Nações Unidas afirmou que mundo pode emergir mais forte da pandemia com a colaboração de todos, desde organizações de base, setor privado, sociedade civil e governos.
A partir da sede da ONU, em Nova Iorque, Guterres falou sobre a importância da recuperação da pandemia na criação de um mundo mais justo e saudável para todos. Guterres dirigiu-se sobretudo aos jovens, lembrando que a organização foi criada logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-45), citando anos de «sofrimento sem precedentes» impostos ao mundo e aos judeus na Europa que enfrentavam o extermínio.
Guterres lembrou como o primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill, e o presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt, se uniram para executar o que chamou de uma «visão única para as gerações do pós-guerra». Os compromissos assumidos nesta união, conhecida como Carta do Atlântico, estabeleceram as bases de uma ordem para um mundo mais justo, democrático que coopera para defender os direitos humanos e os Estados de direito.
Neste momento, António Guterres afirma que a prioridade é a ação climática seguida de uma ação para proteger os direitos humanos, enfrentar conflitos e corrupção, promover a sustentabilidade, crescimento inclusivo e a criação de empregos. Para o secretário-geral, o mundo está a enfrentar desafios sem precedentes, mas existem razões para otimismo, pois as pessoas agora compreendem que os problemas de hoje exigem novas formas de abordagem, baseadas em valores e princípios comuns.
Guterres lembrou que todos os países, cidades, organizações, instituições financeiros e empresas precisam de adotar o plano de zero emissões até 2050, e para isso têm de começar a executar agora com metas de curto prazo. É necessário também trabalhar em conjunto para garantir a defesa dos direitos humanos, a igualdade de género, a neutralidade carbónica, entre outras grandes bandeiras da humanidade.