E se lhe disséssemos que um longo e relaxante banho tem o mesmo efeito que 60 minutos de exercício?
As proteínas envolvidas no aquecimento passivo do organismo têm um impacto positivo na melhoria da condição metabólica. Um banho quente pode ser terapêutico, revigorante e uma alternativa para quem não tem possibilidade de fazer exercício com normalidade.

O poder regenerador da água não para de nos surpreender. Um estudo realizado no Reino Unido indica que á água quente tem efeitos benéficos no organismo ao nível da melhoria da condição física.
«Aumentar a atividade física continua a ser a forma mais divulgada de melhorar a saúde e o bem-estar. No entanto, entre as pessoas que mais beneficiariam com o exercício, a adesão é frequentemente fraca, e as alternativas ao exercício são importantes para promover melhorias na saúde. Trabalhos recentes sugerem que o aquecimento passivo tem um papel importante pelas proteínas de choque térmico na melhoria da saúde cardiometabólica», pode ler-se no estudo da Escola de Desporto e Ciências da Saúde da Universidade de Leicestershire.
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O objetivo deste estudo foi investigar a expressão da proteína de choque térmico 70 e a interleucina-6 em resposta ao exercício ou ao aquecimento passivo e os efeitos subsequentes sobre o controlo de glicose.
Catorze homens integraram o estudo, uns classificados como magros (IMC 23,5 ± 2,2 kg · m-2) e outros com excesso de peso (29,2 ± 2,7 kg · m-2). Uns completaram 60 minutos de bicicleta moderada a uma taxa fixa de produção de calor metabólico e outros por imersão em água quente a 40 °C.
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A proteína de choque térmico 70 aumentou da linha de base em ambas as condições sem diferenças entre o aquecimento passivo (0,98 ± 1,1 ng · mL-1) e o exercício (0,84 ± 1,0 ng · mL-1, p = 0,814). A IL-6 aumentou após as duas condições com um aumento de duas vezes após aquecimento passivo e quatro vezes após o exercício. Os gastos de energia aumentaram 61,0 ± 14,4 kcal · h-1 (79%) após o aquecimento passivo. A concentração máxima de glicose após uma refeição imediatamente após o aquecimento passivo foi reduzida quando comparada com o exercício (6,3 ± 1,4 mmol / L-1 versus 6,8 ± 1,2 mmol·L-1; p <0,05). Não houve diferença na área de glicose durante 24 horas entre as condições.
«Esses dados indicam o potencial de terapia térmica como estratégia alternativa de tratamento e gestão para aqueles que estão em risco de desenvolver uma doença metabólica em que a adesão ou capacidade para fazer exercício pode estar comprometida». Veja o estudo aqui.