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É adepto de sexting?

O sexting é visto como uma prática sensual através de mensagens escritas que pode fomentar o desejo sexual entre parceiros. Mas um estudo que analisou o impacto das mensagens picantes e a sua relação com a prática sexual diz que não será bem assim.

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O mundo está muito tecnológico e, claro, as relações também. Uma das práticas mais comuns permitidas pela tecnologia é o sexting, ou seja, conversações sexuais através de mensagens de texto. Ao que parece, tem tudo para ser estimulante e apimentar a vida ao longo do dia. Mas, na realidade, não passam disso mesmo e influenciam pouco o comportamento sexual, de acordo com um estudo da Universidade da Carolina do Norte, EUA.

 

A equipa de investigadores debruçou-se sobre informações publicadas sobre a matéria para tentar perceber se esta prática tem influencia direta no comportamento sexual. Para isso, debruçaram-se sobre 234 artigos de artigos que analisaram o sexting, mas colocaram de lado aqueles que não analisavam a relação entre sexting e comportamento, bem como quaisquer estudos que não incluíssem medidas quantitativas definidas com clareza de sexting ou comportamento sexual.

 

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Em última análise, este processo resumiu-se a 15 estudos que analisaram uma possível relação entre sexting e atividade sexual/sexo desprotegido e/ou número de parceiros sexuais.  Com a análise foi possível descobrir que existe uma relação estatística fraca entre o sexting e todas essas categorias, quando o foco principal é a correlação. Na verdade, foi impossível afirmar realmente que o sexting influencia o comportamento.

 

Além disso, nenhum dos artigos analisados apresentava uma definição acordada para o conceito de sexting que, numa primeira instância, é a troca de mensagens sexuais. Mas será que inclui fotos ou vídeos? O conCeito é relativamente recente e não foi possível estabelecer esta correlação de forma objetiva.

 

No fundo, e para acalmar os ânimos, Andrew Binder, um dos investigadores,  concluiu: «O sexting não parece representar uma ameaça à saúde pública, por isso não entre em pânico». Quer isto dizer que não vem mal nenhum ao mundo a troca de mensagens de cariz sexual, que na sua maioria não vão passar disso mesmo, de mensagens.

 

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Aliás, um estudo realizado pelo Instituto Kinsey, que se dedica ao estudo da sexualidade e das relações humanas, apurou que o sexo e a tecnologia fazem um bom par, pois as pessoas estão a incorporar rapidamente esta na sua vida sexual. Inquirindo mais de 140 mil pessoas de 198 países de diferentes culturas, no que toca ao sexting, apurou que 41% das pessoas recorre ao sexting para estimular a sua vida sexual. Os mais aficionados desta prática são os sul-africanos (77%), seguido dos americanos (74%). Já o Japão (34%) e a Coreia do Sul (30%) não apreciam particularmente esta prática.

 

Uma outra análise com mais de 100 mil jovens de vários países concluiu que a troca de mensagens de cariz sexual é cada vez mais frequente junto dos menores de 18 anos. A pesquisa realizada por uma universidade canadiana revela que ainda não são claras as repercussões futuras desta prática.

 

Segundo o estudo realizado pela Universidade de Calgary, Canadá, a partilha de conteúdo de carater sexual está a tornar-se numa prática comum entre os jovens, pelo que é necessário aferir sobre as idades em que se faz sexting e integrar o tema na educação sexual, uma vez que ainda não são claras as suas repercussões futuras.

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