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Doença coronária: mantenha o seu coração a salvo

No dia 14 de fevereiro, assinala-se o Dia Nacional do Doente Coronário, comemoração instituída pela Fundação Portuguesa de Cardiologia e que atualmente é comemorada por toda a Comunidade Europeia.

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No dia 14 de fevereiro, assinala-se o Dia Nacional do Doente Coronário, comemoração  instituída pela Fundação Portuguesa de Cardiologia e que atualmente é comemorada por toda a Comunidade Europeia. Esta data tem como objetivo alertar a população para os fatores de risco associados à doença coronária, como o sedentarismo, a hipertensão, o tabagismo (ativo ou passivo), o stress, a obesidade e a diabetes.

 

O que é a doença coronária?

A doença coronária é das patologias cardiovasculares mais comuns, estimando-se que em Portugal afete cerca de 10mil pessoas por ano. Consiste no desenvolvimento de placas ateroscleróticas no interior das vasos sanguíneos do coração, nomeadamente as artérias coronárias. Estas placas são compostas por depósitos de gorduras e de outras substâncias nocivas na parede das artérias coronárias, estreitando assim o diâmetro dos vasos (podendo até obstruí-los completamente) o que impede a normal circulação sanguínea, e consequentemente a adequada irrigação dos tecidos do coração.

 

Como se manifesta?

Numa fase inicial, as placas ateroscleróticas não provocam sintomas, o que prejudica o seu diagnóstico atempado.

Os sintomas surgem quando há um estreitamento grave da artéria ou se verifica uma obstrução súbita. O estreitamento das artérias coronárias apresenta uma evolução lenta e progressiva, que se manifesta pelos seguintes sintomas:

– Dor no peito ou no braço, que pode irradiar o pescoço e o queixo, inicialmente transitória, que surge normalmente com esforços físicos ou stress e desaparece com o repouso (Angina de Peito);

– Enfarte agudo do miocárdio, provocado pela interrupção completa e geralmente súbita, da irrigação do coração no território alimentado por um vaso que fica obstruído, o que causa dor forte no peito irradiando para o braço ou mandíbula, associado a sudorese, mal-estar, palidez ou até desmaio, sendo uma emergência médica.

 

Esta doença é progressiva e uma das principais  causas de morte no nosso pais, provocando também limitações físicas e uma redução da qualidade de vida da pessoa afetada.

 

Como podemos proteger o coração?

É fundamental controlar os fatores de risco que podem levar à formação de placas de aterosclerose nas artérias coronárias. Os principais fatores de risco cardiovasculares (FRCV), são a hipertensão arterial, a diabetes, o colesterol elevado, o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo. Quanto maior for o número destes fatores, maior é o risco de enfarte agudo do miocárdio e de mortalidade.

 

Assim, é essencial:

Praticar atividade física regular, pelo menos 45min 3 vezes por semana

Reduzir o sedentarismo no dia a dia: usar escadas em vez de elevador, estacionar mais longe e ir a pé para o destino, fazer trajetos do quotidiano a pé sempre que possível

Controlar a hipertensão arterial, a diabetes e o colesterol elevado, através de uma alimentação saudável, com pouco sal, sem açúcar e sem gorduras e do cumprimento rigoroso da medicação prescrita, se for o caso

Controlar o peso, prevenindo o excesso de peso e a obesidade

Deixar de fumar e evitar ambientes com fumo de tabaco.

 

O que fazer se tiver sintomas?

No caso de ter dor recorrente no peito, tipo “aperto”atrás do esterno, acompanhada ou não de falta de ar, em situações de esforço físico ou stress e que alivia em poucos minutos com o repouso, deve agendar uma consulta urgente com o seu médico de família ou cardiologista, para esclarecer se se trata de angina de peito e iniciar o tratamento.

Se ocorrer uma dor súbita e forte no peito, geralmente irradiada para o braço, acompanhada de sudorese, cansaço, mal estar geral, palidez e sensação de desmaio deve contactar de imediato o 112, pois poderá estar a ter um enfarte agudo do miocárdio.

No caso de apresentar FRCV não controlados, ainda sem sintomas, deve ser regularmente acompanhado pelo seu médico de família e seguir as suas orientações quer não farmacológicas quer medicamentosas, bem como realizar exames regulares de forma a prevenir e detetar precocemente a doença coronária.

 

Não arrisque, mantenha o seu coração saudável e a salvo!

 

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