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Dicas para gerir a ansiedade financeira

A psicologia interessou-se por este tema e designou a ansiedade financeira como o conjunto de preocupações, incertezas, medos ou desconfortos excessivos recorrentes das finanças pessoais ou recursos financeiros.

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Fonte de prazer e felicidade, ou de angústia, preocupações, sofrimento e desigualdades sociais, o dinheiro desempenha um papel primordial nas nossas vidas. Para além de um fator importante à sobrevivência e qualidade de vida, tem um impacto direto na autoestima e na realização pessoal, podendo gerar níveis elevados de stress.

 

O significado e a importância dada ao dinheiro são influenciados pela faixa etária, estádio de desenvolvimento, cultura e características de personalidade, no entanto, ainda que com a evolução das mentalidades, continua a ter um papel fundamental na vida de todas as pessoas.

 

A psicologia interessou-se por este tema e designou a ansiedade financeira como o conjunto de preocupações, incertezas, medos ou desconfortos excessivos recorrentes das finanças pessoais ou recursos financeiros.

 

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A ansiedade financeira pode apresentar sintomatologia comum a outras perturbações de ansiedade (problemas de concentração, fadiga excessiva, inquietação, irritabilidade, tensão muscular e perturbações de sono) e influencia negativamente a gestão de recursos para lidar de forma adaptativa com os recursos financeiros.

 

Como resultado, o evitamento e a inibição desenvolvem-se face às atividades do dia a dia (como sair com amigos ou praticar atividades desportivas), gerando uma sensação generalizada de mal-estar.

 

Mas como gerir a ansiedade financeira?

Expresse o que sente – A maior parte da população já sentiu medo e teve preocupações relacionadas com dinheiro. Sendo um problema comum, pode encontrar compreensão na partilha e até quem sabe uma possível solução. Expressar o que sente, ajuda na elaboração e no foco na solução. Escolha a pessoa certa e partilhe o que sente.

 

Aceite o que sente e perceba porque é que o sente – Para que seja possível ultrapassar esta fase é fundamental não negar o que sente, mas sim aceitar e compreender. Perceber que há emoções e sentimentos naturais ao processo e que urge focar-se na solução e não no problema. Negar o que sente gera apenas frustração e mais ansiedade, pelo que canalize o seu esforço em perceber claramente o que sente, com que intensidade, para assim perceber o que leva a sentir-se dessa forma.

 

Pratique o otimismo – Evite pensamentos catastróficos e generalizações, pois só levam a um caminho pautado pelo pessimismo. Quando a tristeza e ansiedade surgem o ser humano tende a valorizar excessivamente os aspetos negativos e a ver tudo demasiado “negro”. Embora pareça impossível esforce-se por manter o otimismo a fim de forma criativa encontrar soluções para a sua situação atual. Não se lamente, aja.

 

Não se compare – Não se compare com o seu colega, familiar, amigo ou até mesmo com a felicidade ilusória das redes sociais. Lembre-se nem tudo o que vê é real. Tenha em mente que cada pessoa é única e na sua individualidade tende a perceber que recursos tem disponíveis para lidar com a situação. Liberte todo o seu potencial.

 

Redefina necessidades e prioridades – Pense naquilo que é prioritário e essencial para si. O que é que dá sentido à sua vida? O que é que lhe traz bem-estar? Faça uma lista do que é mais importante ou prioritário e elabore estratégias para o alcançar.

Conheça a sua situação financeira – Conhecer a sua situação financeira, registar o que comprou, onde comprou e porque é que comprou poderá ser uma boa opção para o ajudar a perceber onde pode gastar menos e onde deve investir mais. Também ajuda no planeamento de compras, limitando assim as compras desnecessárias ou por impulso, poupando assim recursos financeiros.

 

Aumente os conhecimentos financeiros – Aumentar o conhecimento numa dada área ajuda a aumentar a confiança e diminui a ansiedade. Existem inúmeros vídeos, cursos e blogs online que, de forma grátis, fornecem informação e conhecimentos sobre poupanças e gestão financeira. Aproveite e ingira conhecimento que o nutra de confiança.

 

Por fim, se sentir que nada disto resulta peça ajuda. Pedir ajuda não é vergonha, é sinal de foco, determinação e objetividade. Lembre-se que não precisa de viver na solidão esta fase, há inúmeras pessoas na mesma situação e existem verdadeiros especialistas que podem ajudar.

 

Lembre-se, a vergonha sentida por não ser capaz de gerir as suas finanças pode aumentar ainda mais a ansiedade e o ciclo tender a alimentar-se, aumentando o seu sofrimento. Dispa-se de preconceitos e peça ajuda.

 

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