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Diarreia associada à toma de antibióticos

A 18 de novembro, assinala-se o Dia Europeu dos Antibióticos, para recordar os perigos associados à sua toma. O gastroenterologista Jorge Fonseca explica como podem afetar o intestino.

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A diarreia é um efeito secundário frequentemente associado à toma de antibióticos e pode surgir durante a toma ou até dois meses após o final do tratamento.

 

Num indivíduo saudável, o intestino está colonizado por diversas bactérias de diferentes espécies. Muitas destas bactérias são benéficas e contribuem para o equilíbrio da microbiota intestinal, antigamente chamada flora intestinal. A relevância do equilíbrio ecológico da microbiota intestinal para a saúde tem sido sobejamente demonstrada.

 

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Os antibióticos são prescritos para combater infeções bacterianas, eliminando os microrganismos responsáveis pela infeção. No entanto, para além de eliminarem as bactérias nocivas, atuam num largo espectro de bactérias, levando a alterações do equilíbrio natural dos microrganismos intestinais. Como consequência pode ocorrer diarreia associada à toma do antibiótico. A incidência deste tipo de diarreia depende de inúmeros fatores tais como o antibiótico administrado, a duração do tratamento, o contacto com agentes infeciosos e a suscetibilidade do doente em questão.

 

Independentemente dos mecanismos envolvidos na etiologia da diarreia infeciosa, pode observar-se, habitualmente, um desequilíbrio da flora intestinal. O método principal de proteção do ecossistema intestinal contra a agressão microbiana é a ação sinérgica dos seus mecanismos de regulação e defesa (barreira microbiana, barreira imunitária, movimentos intestinais) que asseguram uma situação de equilíbrio. Estes são os principais meios de defesa do ecossistema intestinal contra as agressões de origem microbiana exógenas ou endógenas.

 

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Como se trata a diarreia aguda?

Uma das principais consequências da diarreia é a desidratação, pelo que a primeira medida a implementar é a reposição de líquidos e sais para garantir a hidratação. Também se deve ter cuidado com a alimentação e ingerir alimentos que reduzam a diarreia. Se necessário, podem ser administrados medicamentos para alívio dos sintomas.

 

O tratamento com fármacos antidiarreicos com ação obstipante, apesar de ser muito comum, não traz benefícios práticos em casos de diarreia aguda. Estes medicamentos podem diminuir a frequência de dejeções, no entanto não aceleram a eliminação dos agentes patogénicos.

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