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Depois do burnout o burnon…

Em burnon, o colaborador continuará a cumprir todas as missões confiadas, mas está no limite das suas capacidades físicas e mentais.

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De acordo com o Laboratório Português dos Ambientes de Trabalho Saudáveis, o burnout atinge mais de metade dos portugueses, com 63% a reportar pelo menos três sintomas e quase 80% a referir pelo menos um. Uma dura realidade em que a tristeza, irritabilidade, exaustão e cansaço extremo são os sintomas mais relatados.

 

No entanto, começa a surgir uma nova realidade, que se apresenta como invisível e indetetável, mas perigosa e, no limite, traiçoeira. Afinal, o estado igualmente depressivo e irritável é disfarçado pela imagem de que está tudo bem. Falo-lhe do burnon.

 

Manifesta-se através do mesmo tipo de efeitos na saúde física e mental do burnout, mas, geralmente, os doentes conseguem esconder esses mesmo sinais dando falsamente a impressão de que estão perfeitamente bem.

 

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O psicoterapeuta e coautor do livro Burn-on: Always on the Brink of Burnout considera que o “burnout é a exaustão depressiva aguda, enquanto o burnon é crónico”.

 

Em burnon, o colaborador de uma dada organização continuará a cumprir todas as missões confiadas, a responder atempadamente aos seus emails, a fazer horas extraordinárias, a ser produtivo, organizado, mas, na realidade, está no limite das suas capacidades físicas e mentais.

 

Vive no limite do colapso, mas continua o seu trabalho, negando todos os sintomas.  Continua a assumir mais e mais coisas, mesmo que o seu corpo dê sinais de alerta. Em mente, uma única máxima, “Eu aguento, eu consigo”!

 

Nada mais errado, nem aguenta, nem consegue e está a fomentar um estado de exaustão emocional, física e mental causado pelo stresse prolongado e intenso no trabalho, que leva a sentimentos de exaustão, desmotivação e baixo desempenho.

 

Não consegue fazer uma distinção clara entre tempo de trabalho, havendo uma clara falta de discernimento entre ter uma vida privada saudável com limites claros e estar envolvido em padrões não saudáveis que levam a vida profissional a tornar-se uma competição desenfreada.

 

No raro tempo livre que tem nem sequer tem energia para fazer o que adora, em suma, sobrevive em vez de viver.

 

Certo que há alguns candidatos ideais a este fenómeno, como pessoas orientadas para objetivos, superdotadas e perfeccionistas, pessoas que que se identificam profundamente com o que fazem, que são apaixonados pelo seu trabalho, no entanto, pode acontecer-lhe a si.

 

Analise por isso a sua vida e foque-se no que realmente é importante.

 

Pense nisso!

 

 

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