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Demasiada proteína? Conheça os erros das dietas hiperproteicas

Desde eliminar ou restringir os hidratos de carbono a apostar excessivamente num mesmo tipo de proteína, são muitos os erros cometidos por quem faz um regime alimentar restritivo com um determinado objetivo. A nutricionista Daniela Duarte explica o que deve ter em conta.

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O primeiro erro das dietas hiperproteicas começa precisamente com o termo dieta. Este conceito usado anteriormente querendo definir a alimentação de base diária, foi sendo transformado. Atualmente, o termo dieta associa-se a algo momentâneo.

 

Algo cujo objetivo é seguir uma base alimentar no momento cumprindo um determinado objetivo e quando este for atingido, ter um término. Este é o primeiro erro, pensar com fundamentalismo, numa dieta e não numa reeducação alimentar.

 

Restringir hidratos de carbono

Se costuma sentir dores de cabeça, cansaço, irritabilidade ou náuseas, saiba que é por não estar a consumir alimentos ricos em hidratos de carbono. Este grupo de macronutrientes fornecem energia e por isso devem existir como base diária de forma moderada. É frequente existir a restrição quase completa de hidratos de carbono tais como arroz ou massa em dietas hiperproteicas. É certo que quando existe uma restrição deste macronutriente, existe uma grande redução e peso. Contudo, esta descida abrupta deve-se também a uma grande perda de água. Após este processo com a reintrodução destes alimentos o ganho de peso ocorre novamente.

 

Não ter em conta o estado de saúde

Cada caso é um caso e não temos todos as mesmas necessidades energéticas diárias. Para pessoas com problemas renais, ácido úrico elevado ou outras patologias as dietas hiperproteicas devem ser acauteladas pois comprometem o seu estado de saúde.

 

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Excesso de gorduras saturadas

Existe a tendência para um consumo exagerado de proteínas de origem animal. Opta-se por um aumento do consumo de carne inclusive carnes vermelhas. É certo que estas são ricas em Leucina, um aminoácido que ajudará na construção de massa muscular. Contudo, o consumo aumentado destes alimentos acaba por ser excessivo em termos de gordura saturada e por isso prejudicial à nossa saúde. Este tipo de carnes influenciam os níveis de colesterol e aumentam o risco de doenças cardiovasculares.

 

Não saber escolher as melhores fontes de proteínas

Por vezes esquecem-se as fibras e proteínas de origem vegetal nas dietas hiperproteicas existindo um défice de fibra e outros nutrientes essenciais. Se pretende aumentar o consumo de proteínas existem diversos alimentos de origem vegetal que podem ajudá-lo e permite manter uma alimentação moderada e segura. Opte por alimentos como a aveia, quinoa, tofu, seitan ou mesmo leguminosas como o feijão, grão e lentilhas.

 

Esquecer os vegetais

Muitas vezes o foco em aumentar as fontes proteicas é tal que acaba por se esquecer a importância dos vegetais, ficando em défice o aporte de vitaminas e minerais. É importante que este grupo de alimentos esteja presente pelo menos duas vezes por dia.

 

Excesso de suplementação

Tal como o nome indica, são suplementos e não alimentos. Devem ser usados de forma complementar e não como substitutos de alimentos. A suplementação deve ser usada em casos específicos, com muita precaução e orientação profissional.

 

Fazer de forma autodidata

Metabolicamente somos todos diferentes, temos experiências de vida diferentes, gostos e hábitos diários distintos. Por isso, fazer a dieta que a amiga está a fazer só porque deu resultado não é per si a forma mais correta de fazê-lo de forma equilibrada para si. Caso queira iniciar um processo deste género deve recorrer a um profissional da área que aconselhe de forma correta a balancear o seu dia-a-dia alimentar.

 

 

Por Daniela Duarte

Nutricionista na Clínica Tejo Saúde

 

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