O Conselho Europeu condena o desvio de um avião civil por parte do Governo da Bielorrússia para deter um jornalista, Raman Pratasevich, considerado terrorista pelo regime de Aleksandr Lukashenko.

Ao final da noite de 24 de maio, o Conselho deliberou uma série de conclusões para implementar sanções contra o regime da Bielorrússia. «O Conselho Europeu condena veementemente a aterragem forçada de um voo da Ryanair em Minsk, Bielorrússia, em 23 de maio de 2021, que põe em perigo a segurança da aviação, e a detenção pelas autoridades bielorrussas do jornalista Raman Pratasevich e Sofia Sapega», declara o Conselho em comunicado.

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Assim, divulgou em comunicado, o Conselho Europeu:

– Exige a libertação imediata de Raman Pratasevich e Sofia Sapega, sua namorada, e que a sua liberdade de circulação seja garantida;

– Exorta a Organização da Aviação Civil Internacional a investigar urgentemente este incidente sem precedentes e inaceitável;

– Convida o Conselho a adotar listas adicionais de pessoas e entidades o mais rapidamente possível com base no quadro de sanções pertinente;

– Insta o Conselho a adotar novas sanções económicas específicas e convida o Alto Representante e a Comissão a apresentarem sem demora propostas para o efeito;

– Exorta todas as transportadoras baseadas na UE a evitarem o sobrevoo da Bielorrússia;

– Exorta o Conselho a adotar as medidas necessárias para proibir o sobrevoo do espaço aéreo da UE pelas companhias aéreas da Bielorrússia e impedir o acesso aos aeroportos da UE de voos operados por essas companhias.

Também António Guterres, secretário-geral da ONU, se mostrou ontem «profundamente preocupado» com a aterragem forçada de um voo comercial para deter um jornalista. O voo atravessava espaço aéreo bielorrusso quando seguia da Grécia para a Lituânia, onde o jornalista está exilado desde 2019.

Raman Pratasevich já apareceu entretanto num vídeo divulgado pelas autoridades bielorrussas a dizer que está a ser bem tratado e a confirmar que participou na organização de protestos contra o regime de Lukashenko, no poder desde 1994.