Faz mais de um ano que voltei a atuar no mundo empresarial, mais especificamente com marketing B2B, numa empresa de telecomunicações. Ao iniciarmos um novo trabalho, vivemos uma mistura de empolgação e medo daquilo que vamos encontrar. Será que, de facto, iremos cumprir todas as expectativas?

Nos primeiros dias, confesso que me senti constantemente analisada e comparada à minha antecessora. Isto causava-me muito desconforto, levando-me a questionar se, de facto, estava a fazer a coisa da forma “correcta” ou se iria surpreender (inclusive a mim mesma). Em alguns momentos, perdia-me entre o ‘ modo como era feito antes’ e o ‘modo como eu entendo ser o mais acertado’. Deveria eu seguir padrões ou inserir, aos poucos, a minha própria forma de trabalhar?

Entre tanta autocobrança e preocupação em ‘fazer a coisa da forma certa’ – será que existe mesmo este tal ‘formato ideal’-, percebi que estava a perder-me no ponto principal: focar nas minhas qualificações que fizeram a diferença no momento em que fui selecionada para a função.

Estamos tão habituados a viver em ‘piloto automático’, a deixar a ‘vida levar-nos’ que, muitas vezes, deixamos de lado as nossas verdadeiras qualificações. Lembra-se de quando era miúda e dizia que quando crescesse seria ‘bailarina, atriz, médica, policia, pintora’? Provavelmente o que despertava em si este desejo era algo que gostava muito de fazer e que, com toda a certeza, fazia-lhe bem.

Ao optar por uma graduação, seguimos uma lógica semelhante: aquilo de que gostamos somado àquilo que nos pode dar um futuro profissional (e financeiro) mais seguro. E consequentemente evoluímos na escolha do trabalho de acordo com as nossas aptidões, motivo pelo qual temos de as conhecer e tê-las sempre em mente – para mantermos o foco- e aprimorá-las.

Quais são as suas aptidões? Convido-o a pensar nas suas atividades atuais e a questionar se está a utilizar as suas principais qualificações no seu dia a dia. Para ajudar, pegue numa folha de papel e divida em dois. Numa metade escreva todas as suas qualificações e diferenciais (ex.: relacionar-se com as pessoas; cantar; negociar; escrever; cálculos, lógica e números; cozinhar; desenhar) e, na outra metade, tudo o que faz hoje no seu dia a dia – independentemente de saber fazer bem ou não – (ex.: mapas em excel; conduzir; cálculos orçamentais; escrever artigos, etc.). Agora que já tem as duas listas prontas, compare uma com a outra e reflita se realmente usa aquilo que sabe, e gosta de fazer, no seu dia a dia. E como pode aproveitar melhor as suas competências para ter dias e resultados mais produtivos?

Acredite, vale muito a pena reconhecermos os nossos potenciais! Quando investimos um pouco mais neles, podemos perceber mudanças incríveis no nosso dia a dia! Faça o teste e conte-nos depois a sua experiência!

Vivian Baumann

Coach. Incentivando o despertar do seu potencial na sua vida profissional e pessoal.