Como fazer o seu filho aceitar novos sabores

Introduzir alimentos novos na dieta do seu filho pode resultar numa birra insuportável. A perceção dos sabores é o resultado de uma série complexa de estímulos que são alterados com a experiência de novos sabores. Para que o faça da melhor forma, veja de seguida as sugestões do nutricionista Alexandre Fernandes.

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Colocar pouca quantidade de comida no prato e garantir uma nova porção de comida quando a criança solicitar. Crianças nestas idades adaptam-se melhor com pequenas porções de alimentos oferecidas várias vezes por dia (6 a 7 refeições).

Manter um bom intervalo entre as refeições, dando tempo para que a criança sinta fome. Pequenos intervalos levam a recusas mais frequentes, o que pode comprometer a aceitação de determinados alimentos.

Evitar dar comida à boca. A criança deve participar ativamente no ato de comer.

Se um alimento é recusado, este deve ser substituído por outro equivalente. Alguns dias depois, deve ser oferecido novamente o alimento recusado.

A criança tende à imitação: todos os comportamentos de quem prepara e de quem oferece a refeição devem ser positivas e favoráveis para a formação de bons hábitos alimentares.

Não forçar a criança a comer, nem utilizar a refeição como recompensa; estas práticas podem criar resistências difíceis de serem superadas.

Não facilitar o acesso a doces, rebuçados, chocolates e outras guloseimas.

Evitar alimentos gordos, açucarados e excessivamente temperados (exemplo: conservas e produtos de salsicharia e de charcutaria).

A recusa a determinados alimentos/refeições pode advir de outros aspetos que não o sabor: temperatura elevada, cheiro desagradável ou forte, misturas de alimentos, temperos, tipo de corte, tipo de textura, etc.

Algumas causas normais de aumento ou de perda de apetite: diferenças de temperatura ambiental, maior ou menor atividade física, maior ou menor excitação psíquica, digestão mais rápida ou mais lenta da refeição anterior, depressão, determinadas patologias (gripe, hiperatividade,…), etc.

Outras causas prováveis: alimentação monótona, condições desfavoráveis de vida (como a restrição ao ar livre e a falta de exposição solar), carências vitamínicas e minerais, etc.