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Corpo e mente: como emagrecer segundo a medicina tradicional chinesa

Numa ótica de equilíbrio do corpo e da sua energia, a medicina tradicional chinesa propõe alternativas às dietas convencionais e sugere alguns alimentos que podem ajudar a manter o organismo saudável durante todo o ano.

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Por esta altura, as preocupações com as dietas e o exercício aumentam e a maioria das pessoas recorre a dietas rápidas prejudiciais para a saúde, muitas vezes com recurso a medicamentos. Além de estarem a prejudicar o corpo, o equilíbrio e a energia do organismo são postos em causa, envolvendo um efeito de ansiedade que contribui para a dificuldade em perder peso.

 

«A maioria das dietas acaba por ser uma lista do que não comer e o efeito psicológico que isso tem é extremamente negativo para qualquer processo. É muito importante que se tenha em atenção que na MTC não prescrevemos uma fórmula única de emagrecimento porque trabalhamos sempre holisticamente e para cada caso. Apesar de o melhor momento para perder peso ser em setembro, podemos indicar alguns cuidados que vão ajudar, mas a perda de peso nunca deve ser o objetivo, mas sim um efeito colateral que surja naturalmente com a mudança de alguns hábitos», explica Hélder Flor, terapeuta e especialista em medicina tradicional chinesa.

 

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A dieta formulada pela medicina tradicional chinesa adequa a alimentação à constituição, altura do ano e à saúde da pessoa, mas há princípios de tonificação do baço (principal órgão responsável pela retenção e acumulação de gorduras) que podem ser seguidos por praticamente todas as pessoas, sem o recurso a fármacos e métodos invasivos, como indica o terapeuta.

 

«Através da medicina tradicional chinesa, mais especificamente da acupunctura em conjunto com a fitoterapia (utilização de plantas medicinais), os pacientes vão conseguir construir e conservar energia para que o organismo funcione de forma correta, e ao mesmo tempo combater os principais fatores que levam o nosso corpo a armazenar gorduras: níveis elevados de ansiedade e privação de sono», explica Hélder Flor.

 

Segundo o terapeuta, através desta abordagem, a perda de peso vai ser mais fácil, pis não será necessário recorrer a excessos. Quando o paciente consegue conservar mais energia, o desejo de comer compulsivamente irá, também, naturalmente diminuir.

 

Como tornar a perda de peso mais fácil, de acordo com a medicina tradicional chinesa

– Comer alimentos ricos em Qi (energia) – frutas e vegetais frescos, alimentos integrais e naturais (sem corantes e conservantes) e carne biológica.

 

– Evitar alimentos embalados.

 

– Comer devagar e em ambientes calmos.

 

–  Criar horários para as suas refeições e seguir o plano – é importante tomar o pequeno-almoço bem cedo pois o melhor horário para a digestão é entre as 7h e 9h da manhã.

 

– Nunca jantar depois das 20h, idealmente deve fazê-lo até às 19h e ter atenção ao que come à noite –  é nesta altura começa todo o processo de limpeza do organismo, por parte do fígado e rim.

 

– Praticar atividades saudáveis e relaxantes – Yoga, Tai Chi, passeios, jardinagem…

 

– Fazer acupunctura – Alguns pontos vão ajudar a diminuir o desejo impulsivo de comer e o apetite. Além disso a acupuntura é muito utilizada para diminuir o efeito de retenção de líquidos, ajudando a prevenir e combater a celulite.

 

– Alguns alimentos que pode consumir nesta altura do ano: mirtilos, ovos (de manhã) que sendo ricos em colina ajudam a bloquear a absorção de gordura, amêndoas (que comidas com moderação e ao longo da semana podem ajudar a controlar a perda de peso), chá verde, quinoa que concede saciedade e poucas calorias, brócolos (que concederão saciedade), feijão-preto, branco e grão que saciam e fornecem proteínas boas para os músculos, chocolate preto (mais de 75% de cacau), iogurtes biológicos e de boa origem, mas que devem ser consumidos de forma moderada.

 

– Os alimentos provenientes do leite estão relacionados com o processo de fermentação, sendo por isso ótimos para manter a flora intestinal equilibrada e em plenas funções nas últimas etapas (e nas mais importantes) da digestão.

 

– Como alternativa aos lacticínios, o Kéfir é um probiótico que, quando fermentado (com a ajuda de leite de vaca, cabra ou soja – de excelente origem), tem os mesmos efeitos do iogurte, leite ou queijo, sendo apropriado a pessoas que são intolerantes à lactose.

 

 

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