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Como as redes sociais estão a influenciar a busca da imagem ideal

A propósito do Dia Mundial da Fotografia, assinalado a 19 de agosto, o cirurgião plástico João Nunes Pombo destaca a influencia das imagens perfeitas nas redes sociais na procura da imagem ideal.

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Fotografia é arte e captura arte. Arte em todas as formas, não exclui, mas fotografia também é realidade, dura e crua. Com uma fotografia podemos encontrar tudo o que gostamos em nós e, ao mesmo tempo, podemos focar o que não gostamos.

 

Se antigamente tínhamos de procurar aceitar e viver com as nossas “imperfeições” de alguma forma – sendo que o que é de facto uma imperfeição é algo relativamente subjetivo -, atualmente, a difusão das redes sociais veio alterar as dinâmicas visuais e percecionais. Já não precisamos de nos contentar com o que não adoramos em nós. Existem filtros, apps ou programas que alteram o nariz, os lábios, os olhos ou qualquer outra parte do nosso corpo que não nos encha o sorriso. Em suma, é-nos permitida a busca do ideal de perfeição em nós, com apenas um clique, mas apenas no universo online.

 

Então, a questão que surge é como é que se transporta esta nova realidade digital para o mundo real?

 

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A cirurgia plástica e a medicina estética já nos permitiam procurar o ideal de perfeição, mas não da mesma forma. Aquilo que um computador magicamente corrige nem sempre pode ser reproduzido pelo médico que a/o paciente escolhe.

 

E este é talvez o lado negro da edição fotográfica: impulsiona-nos a procurar meticulosamente o que pode ser melhorado e a acreditar que é possível. Nos últimos anos, foram sendo criados ideias de beleza padrozinados – lábios volumosos, rostos sem rugas, maçãs do rosto proeminentes, entre outros -, que não valorizam a beleza natural de cada pessoa. Apenas transformam todas as mulheres em fotocópias de alguma celebridade ou instagrammer influente, e o mesmo para o universo masculino.

 

Harmonizar o ideal com a realidade

Nesse sentido, cabe aos médicos especializados fornecer um acompanhamento adequado aos seus pacientes, promovendo soluções de harmonização facial que permitam aproximar as pessoas dos seus ideias de beleza, mas de uma forma natural e adequada, trabalhando caso a caso, paciente a paciente.

 

Aqui entra também o papel da psicologia avaliando possíveis casos de dismorfia corporal, perceções erradas sobre o próprio corpo e noções distorcidas de beleza.

Claro que a fotografia também tem um lado positivo. Mostra o sorriso dos nossos pacientes e, claro, mostra os resultados. A projeção da melhoria na fotografia aumenta a confiança de quem decidiu fazer um procedimento estético, mas também dos indecisos que ponderam avançar.

 

Como prova da realidade e do que é possível – sem filtros ou programas de edição, diga-se –, a fotografia é uma ferramenta preciosa para mostrar casos reais, resultados reais.

 

E, na verdade, quem não gosta de uma fotografia bonita?

 

Por João Nunes Pombo

Cirurgião plástico na MyClinique

 

 

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