Cinco dicas para lidar com a rejeição
A rejeição não é a ausência de amor, mas a diferença entre o amor que esperamos e o que obtemos.

A rejeição é um aspeto quase inevitável do ser humano. Não há como evitar. Todos passamos por rejeições em algum momento da vida, seja na escola, no grupo de amigos, no trabalho ou no amor. É completamente inevitável. A diferença está em como cada um de nós lida com a rejeição. No entanto, provavelmente a rejeição que mais tememos é a rejeição amorosa. A perda de um grande amor pode ser devastadora e acarretar uma sensação de abandono.
Nenhuma estratégia irá acabar com a dor automaticamente. As feridas do amor exigem tempo, não renha pressa. Tolere o sofrimento, alimente a esperança, não caia no isolamento, não adote posições extremistas, como vitimizar-se ou usar a agressividade.
Deixo-lhe algumas dicas:
1-Permita-se sentir a dor
Não coloque pensos rápidos, não faça curativos improvisados para a dor da rejeição. Tentar não sentir a dor ou ignorá-la dificulta ultrapassar a rejeição. Não há a emoção certa para sentir perante a rejeição. Algumas pessoas sentem medo, outras, tristeza ou até raiva, mas todas as emoções são válidas. Permita-se sentir dor, será crucial para identificar a emoção e iniciar a sua gestão. Em mente tenha que, mais depressa ou mais devagar, a dor da rejeição é temporária.
2-Não olhe para o passado com “lentes cor de rosa”
Não existem relações perfeitas. No entanto, tendencialmente, a pessoa que é rejeitada tende a esquecer ou a ignorar os aspetos mais negativos da relação e do parceiro e de tudo o qual se tiveram de debater, incluindo incompatibilidades. Idealiza-se a relação e o parceiro. De repente, parece que a felicidade depende do parceiro, tudo na vida se torna “fútil”, verdadeiramente ”negro”. Olha-se para o passado com óculos rosa e a autocrítica instala-se, surge a culpa pela rejeição, glorifica-se o parceiro, acredita-se em algo que não é real e que nunca existiu. Esforce-se por fazer avaliações objetivas da realidade. Recorde que a rejeição mostra a realidade sem anestesia.
3- Livre-se dos pensamentos estereotipados
A sociedade insiste em fazer crer que as rejeições amorosas são fracassos e como tal totalmente indesejáveis e inaceitáveis. No entanto, tal está totalmente comprovado que não é verdade. Todos os seres humanos passam por isso. Tenha em mente que cada fim marca também um começo. A rejeição pode fazer parte da sua experiência de vida, mas não define quem é como pessoa. Não encare a rejeição como um erro, mas sim como uma oportunidade, não permita ser condicionado por pensamentos estereotipados e medíocres. Cada situação tem a importância que se lhe dá!
4-Não procure culpados
Não procure culpados, não coloque a culpa em si mesmo ou no outro, nada resolve, nada ajuda a elaborar a dor associada à rejeição. Não questione o seu valor, nem o do outro, foque-se em si, no seu processo, nos seus objetivos e no seu valor. Lembre-se: são necessárias duas pessoas para fazer um relacionamento funcionar e apenas uma para o terminar.
5-Torne-se na sua melhor companhia
Após uma rejeição é fácil que surjam algumas inseguranças e esta se instale. A sua autoestima poderá sofrer impactos negativos devido à rejeição. Tente fazer uma lista das suas realizações e/ou de coisas de que gosta em si. Não permita que a dor invada todo o seu ser, porque é um caminho que não o conduz além da amargura. Esforce-se para trazer pensamentos positivos para a sua mente. Aprecie o que de bom existe em si, na sua realidade e torne-se na sua melhor companhia.
Se sente que apesar de todas estas técnicas, o sofrimento e a dor tendem a não passar procure ajuda especializada.
A jornada de recuperação após o término de uma relação exige tempo, apoio e paciência. O suporte técnico de um psicólogo pode fazer a diferença. Pense nisso!