Branqueamento dentário: cuidados a ter
O branqueamento dentário é um ato médico que só deve ser realizado pelo médico dentista. É essencial uma examinação prévia da cavidade oral de forma a perceber se o mesmo pode ser feito. Mas não só.
Pacientes que apresentem lesões de cárie, desgastes e/ou sensibilidade dentária poderão necessitar de fazer algum tipo de tratamento antes de avançar para o branqueamento. A idade também é importante e jovens com menos de 18 anos não o devem realizar.
Será o médico dentista que irá aconselhar qual a melhor técnica para cada caso específico, evitando desta forma o insucesso do tratamento ou a presença de fatores de risco.
Existem os branqueamentos em ambulatório, que consistem na aplicação do produto branqueador em casa. Este é aplicado numas goteiras feitas no consultório e que se adaptam perfeitamente aos dentes do paciente. O produto utilizado é normalmente o peróxido de carbamida a 10%, mas que pode ir até aos 16%, desde 1 a 8 horas diárias, durante dias ou semanas.
A outra técnica é a aplicação no consultório, utilizando peróxido de carbamida até 16% e/ou peróxido de hidrogénio até 6%. A utilização de uma luz não é obrigatória pois o efeito branqueador ocorre apenas dos produtos químicos aplicados. A luz apenas pode acelerar esta reação química.
Os efeitos secundários mais frequentes são a sensibilidade dentária e o desconforto na gengiva, que tende a desaparecer após o término da aplicação.
Pacientes que tenham restaurações, facetas ou coroas poderão precisar de as substituir após o branqueamento uma vez que estas não irão aclarar. O produto branqueador apenas atua nos tecidos dentários e não nos materiais utilizados para a reabilitação dentária.
Os produtos de venda livre não são recomendados por não existir um prévio exame clínico, por não ser possível a garantia de cumprimento de todas as regras de higiene e segurança e porque não podem ter na sua constituição mais do que 0,1% de peróxido de hidrogénio, percentagem que poderá pôr em causa a sua eficácia.