Bexiga hiperativa afeta 1.7 milhões de portugueses acima dos 40 anos
Campanha nacional visa alertar para um problema muitas vezes subdiagnosticado e que está associado a uma diminuição significativa da qualidade de vida. O objetivo da iniciativa ‘Na Bexiga Mando Eu’ é mostrar que é possível voltar a ter o controlo da situação.
Estima-se que, em Portugal, cerca de 1,7 milhões de portugueses com mais de 40 anos de idade sofram de bexiga hiperativa, que se caracteriza por um conjunto de sintomas como a urgência miccional, o aumento da frequência urinária, a nocturia (acordar de noite para urinar) e frequentemente incontinência urinária.
Em muitos casos, desconhece-se a causa exata da contração involuntária associada à bexiga hiperativa, podendo resultar de problemas no sistema nervoso ou ter outras causas. «A queixa principal é a de uma necessidade imperiosa de urinar que por vezes é impossível de controlar e pode causar incontinência, sobretudo em mulheres. A bexiga hiperativa é muito frequente, estimando-se que possa afetar até cerca de 17% das pessoas em idade adulta. O diagnóstico é importante para que a pessoa possa ter acesso à terapêutica apropriada. Felizmente hoje temos muitas opções terapêuticas que permitem tratar eficazmente a bexiga hiperativa», explica à MOOD Miguel Silva Ramos, urologista do Centro Hospitalar do Porto e membro da direção da Associação Portuguesa de Urologia.
Embora não se costume considerar um problema grave, a bexiga hiperativa está associada a uma diminuição significativa na qualidade de vida. «A frequência urinária e a imprevisibilidade das situações de urgência miccional podem levar a um isolamento social», explica o médico. Veja abaixo o vídeo da campanha ‘Na Bexiga Mando Eu’ que ilustra este problema o dia a dia.