Benefícios da meditação na saúde
Inúmeros estudos têm sido efetuados neste campo e evidências científicas comprovam os efeitos da meditação em todas as áreas que compõem o nosso ser, desde a componente física, psíquica, emocional e também espiritual.

Segundo Daniel Goleman, a arte da meditação é o método mais antigo para tranquilizar a mente e relaxar o corpo. A meditação promove o treino sistemático da atenção, desenvolvendo a capacidade de concentração e perceção. Integrei a prática de meditação na minha vida há alguns anos, porque queria desenvolver maior tranquilidade, paz e sentido de vida. No entanto, não foi tudo fácil, por vezes não sabemos como começar a meditar, e só a palavra assusta-nos.
Independentemente das razões que nos levam a procurar a meditação, o facto é que temos medo de perder tempo ali sentados, e tempo é o que toda a gente acha que não tem! No entanto, o que gostaria de lhe assegurar é que qualquer tempo que reserve para meditar estará a ganhar o dobro em termos de eficácia do que fará a seguir.
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Desenvolver a atenção e perceção faz-nos ter mais foco e clareza nas nossos pensamentos, sentimentos e ações. Quantas vezes estamos tão exacerbados de tarefas e não sabemos por onde começar? O mais certo, nestes casos, é que acabamos por fazer algo que não era prioritário e perdemos também esse tempo.
Inúmeros estudos têm sido efetuados neste campo e evidências científicas comprovam os efeitos da meditação em todas as áreas que compõem o nosso ser, desde a componente física, psíquica, emocional e também espiritual. A prática meditativa foi resgatada aos conhecimentos orientais muito ligados a práticas espirituais, contudo, foi integrada e reconstruída ao longo dos tempos no ocidente, de modo a ser inserida em contextos clínicos.
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Mctagart,L,. no seu livro ‘O poder da intenção’ ( 2018), descreve experiências levadas pela neurocientista Sara Lazar. Em alguns parágrafos, relata vários exemplos de estudos efetuados com praticantes de meditação. A mesma refere que os voluntários que praticavam meditação apresentavam um aumento significativo dos sinais enviados pelas estruturas neurais do cérebro implicadas na atenção.
Também, no seu livro, contradiz a ideia de que a meditação é sempre um estado de quietude, verifica-se que durante a prática meditativa o cérebro está num estado de atenção elevada e que áreas do cérebro associadas aos estímulos sensórias e do processamento sensorial eram mais espessas. O espessamento da massa cortical era proporcional à quantidade de tempo despendido na meditação. Este facto constitui uma mais valia no processo de envelhecimento natural do cérebro. Além de benefícios na área analítica e racional, também foi demonstrado indícios de atividade na área límbica, o cérebro emocional, inconsciente e intuitivo, que comanda a regulação da atividade fisiológica involuntária, tais como o sono, libido sexual, frequência cardíaca, frequência respiratória e sensação de saciedade.